Enquanto a gente espera a
terceira e próxima viagem de 2014, que tal relembrar outras aventuras?
Tem um “P.S.” também e contá-lo-ei (óóóó, culta!) aqui mesmo. O meu assistente e GPS googlemaps não entrava na vila de Trindade (na época, pois conferi recentemente e agora entra ¬¬), então eu sabia (mais ou menos) chegar até lá, mas após cruzar a placa (de madeira) indicando a vila, era algo a se descobrir ainda...
Saímos
por volta das 18h30min, e a partir daí foram uma sucessão de erros. (Inclusive
este post será contado por erros e não por palavras...).
1) Tá
loco meu filho? Toma seu rumo, acha mesmo que vou dar minha trovão azul, obra
dos mais lindos deuses gregos na mão de um estranho que acabou de chegar e blá
blá blá, todo aquele xilique de mulher...
Um
belo dia, eu tive a brilhante ideia de conhecer Trindade, no Rio de Janeiro.
Até aí, realmente era uma brilhante ideia, pois o lugar é indiscutivelmente
lindo... Mas, é claro, tinha que ter alguns poréns...
1)
Eu quis ir de moto;
2)
Essa era minha primeira viagem
relativamente longa de moto (o mais longe tinha sido Sorocaba);
3)
A apressada que aqui vos fala quis ir após
o horário de trabalho, numa sexta-feira; e...
4)
A Tati poderia ter dito NEM PENSAR! Mas
como é mais doida do que eu não me travou. Rs
Tem um “P.S.” também e contá-lo-ei (óóóó, culta!) aqui mesmo. O meu assistente e GPS googlemaps não entrava na vila de Trindade (na época, pois conferi recentemente e agora entra ¬¬), então eu sabia (mais ou menos) chegar até lá, mas após cruzar a placa (de madeira) indicando a vila, era algo a se descobrir ainda...
Tudo acontecendo conforme o programado: malas prontas,
caixas de areia limpas e estoque de água e comida verificados (para as nossas
gatinhas Cruela e Narcisa *-*).
O trajeto conferido e repassado mil vezes era o seguinte:
Rod. Ayrton Senna > Rod. Carvalho Pinto > Rod. Oswaldo Cruz > Rod.
Rio-Santos > ** Trindade **
Minha
primeira decisão errada foi utilizar a Rodovia Ayrton Senna (SP-070) ao invés
de ir pela Dutra (BR-116). Fiquei amedrontada com a fama de a Dutra ser cheia
de caminhões e blá blá blá... Acabei indo por uma rodovia onde existe somente um
raio de ponto de parada! Um Frango Assado em São José dos Campos. Antes e
depois apenas estrada. ¬¬
Dica 1: Apesar da má fama, gostei muito mais de utilizar a
Dutra (fomos para Campos do Jordão por lá) por conta dos vários postos de
gasolina e restaurantes que têm pelo caminho e pelo fato dela economizar 10 km
nesta viagem.
Segundo erro: Achar que daria tempo de entrar na Rod.
Oswaldo Cruz antes do céu escurecer por completo, mas a noite caiu desde que
paramos em São José dos Campos para colocar as capas de chuva (já que DO NADA
fez um frio do Alaska).
Tem outro P.S. por aqui... Não só uma como VÁRIAS pessoas me
disseram que a serra de Taubaté era bem complicada, que a velocidade máxima por
lá era 20 km e que eu era louca de ir à noite e de moto ainda por cima,
masssss, a espertona aqui como sempre contrariou todos os avisos e mesmo assim
foi se aventurar... Gente, eu pensei “Magina, 20 km? Hahaha a galera está
exagerando e muito, em nenhuma pista do planeta a velocidade será de 20 km kkkk,
doidos”.
Mas SIIIIIIIIIIIIM!!!! SÃO EXATOS 20 KM/H OU MENOS PRA SE
ANDAR NAQUILO!
Existem
duas faixas na Oswaldo Cruz. Uma de ida e uma de volta. Faixa refletora no
meio? Hahahaha LUXO! Algum sinal de vida? Eu, a Tati e a Trovão. Uma escuridão
de dar arrepios! Neblina tão forte que o farol baixo não me deixava enxergar um
palmo na minha frente, o farol alto piorava a situação.
Conforme subíamos, a viagem ficava mais tensa! O frio
aumentava e uma garoa fininha começava a cair. Nessa parte da rodovia, eu
estava conseguindo andar numa média de 60 km/h, até que... Sim, a situação
piorou!
Começamos a descer. E a descida foi horrível! As curvas eram
tão fechadas que fiquei com medo de andar com a moto engatada e ela morrer do
nada e a gente cair. Fiquei com medo de andar com ela no ponto morto e correr o
risco de andar rápido demais e não conseguir fazer a curva. Show de horror.
Não
tinha clima (nem luz) para fotos deste ponto, mas depois procurei no google uma
foto da estrada e vi coisas que ilustram bem o desespero:
Acreditem
quando eu lhes digo que isso aí à noite, com chuva fina, neblina, frio e duas
mochilas lotadas em cima de uma moto é pior do que um pesadelo estrelado pelo
Freddy Krueger! E acreditem também que eu nunca tive medo de pilotar uma moto,
mas depois deste dia... :s
...Trindade
fica a 8 km após o início do Estado do Rio de Janeiro. Entrando na Rodovia
Rio-Santos, após o posto policial, são exatos 32 km percorridos em São Paulo e
mais 8 km já em solo carioca.
Ao
contrário do que dizem, existe sim uma placa indicando a entrada de Trindade!
Eu fui com a ilusão que só teria uma plaquinha velha de madeira dizendo onde
entrar e por conta disso todos os lugares que tinha uma aberturinha de árvore ou
uma trilha qualquer, eu já dava seta e encostava para entrar na vila,
(frustradíssima).
Quando passamos pela placa, achei que finalmente tínhamos
concluído a missão, mas após subir o primeiro morro (é asfaltado!) me deparei
com outra placa dizendo:
>> TRINDADE A 5 KM
<<
Mas o que eram 5 km pra quem já tinha percorrido 300 né? Segui a orientação da placa e desci 3 km, dando de cara
com... UMA PRAIA! Pedras e ondas quebrando nas rochas, de um lado. Um córrego e
escuridão total do outro.
Pensei: “Ferrou!” Não tem mais estrada. Não tem trindade.
Não tem pra quem perguntar.
Voltamos até a placa, descemos mais uma vez e pra resumir, só conseguimos entender que ali
tinha uma continuação quando um ônibus apareceu do nada do meio do mato!
A questão era: O chão de pedras, cheio de areia de praia, eu
escorregando com meu tênis de sola gasta (ô vida) e um córrego (que estava
cheio porque naquela semana tinha chovido muito no Rio de Janeiro) separando o
fim da estrada da praia com o começo da estrada pra vila. O que fazer?
Simmmmmm! POSEIDON me enviou do mar um carro!!! Um
carro!!!! Apareceu do nada em meio à
escuridão, com apenas uma pessoa dentro, um cara que desceu e disse a linda
frase:
“Quer que eu passe com a moto pra você?”
Aí eu respondo:
2) CLAROOOOOO
POR FAVOR FAZ ESSA POR NÓS, OBRIGADA OBRIGADA OBRIGADAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!
;DDDDDDD
É
gente, perante a situação, entreguei minha linda filha ao estranho e ele
gentilmente passou pelo córrego, estacionou e eu e a Tati passamos a pé pelo
riozinhomalditoinfernoquemcolocouaquiloalinomeio?
Finalmente... A vila de Trindade! É uma coisica fofa,
pequena, aconchegante, com praias lindas, piscina natural (leve óculos de
mergulho e nade com os peixes, é rasinho!), trilhas curtas, longas, médias,
fica a preferência do freguês.
Dá para visitar tudo em um fim de semana tranquilamente,
pois ela é mais ou menos assim:
E por
ser uma vilinha pequena não precisa ir de carro (ou moto) para ficar bem por lá...
Este foi mais um erro... A viagem de ônibus seria muito mais tranquila e
confortável... Mas enfim, chegamos na pousada MEIA NOITE E MEIA. Sim amigos,
foram seis horas numa viagem que daria para fazer em 3 horas e meia (mais ou
menos)...
Praia do Meio
A
seguir, rumamos pela primeira trilha sentido à praia do Cachadaço. Uma trilha
de nível fácil. Passamos sem nenhum tipo de problema...
Vista da trilha a caminho da praia Cachadaço
Praia do Cachadaço
O dia começou maravilhoso!
Apesar de a semana anterior ter chovido em excesso no Rio, o sábado acordou de
bom humor com um baita sol lindo brilhando pra gente aproveitar!
Começamos pela praia do Meio. Estava razoavelmente
movimentada. Ficamos um pouco, mas o objetivo principal era conhecer a piscina
natural.Praia do Meio
Praia do Meio
Vista da trilha a caminho da praia Cachadaço
Neste
lado da praia o ambiente era bem mais tranquilo do que na praia anterior... Não
tinham carros com sons estridentes e poucas pessoas passeavam por lá...
Praia do Cachadaço
Praia do Cachadaço
Percorremos toda a praia à
procura da trilha para a piscina natural. No fim, já entre as pedras está a
entrada para a trilha... Esta, de nível um pouco mais elevado começou com uma
surpresa. De atravessado na trilha, um lagarto enorme!! Quase caí pra trás de
medo! Hahaha
Mas ele ficou lá por apenas alguns segundos e logo se escondeu na mata para finalmente começamos a subir a trilha. A vista
do alto da trilha também é muito bonita, vale a pena parar pra recuperar o fôlego
tirar umas fotos.
Chegando na piscina
natural do Cachadaço, ficamos encantadas com a quantidade de peixes e o quão
próximo eles ficam das pessoas... (mesmo nesta foto tendo apenas um peixinho, na realidade o lugar é rodeado por vários cardumes)
E nesta hora, mesmo com o tempo ficando nublado, bastante gente continuou na piscina, inclusive nós. Ficamos até começar a bater AQUELA fome...
E falando em fome, apesar de termos encontrado um hostel muito legal e barato, (informações no fim do post) comer em Trindade sai um pouco mais caro do que imaginávamos... Andamos pela vila e olhamos restaurante por restaurante até encontrarmos um prato feito (caprichado até) por R$ 18,00, que em vista dos demais, acabou sendo uma boa opção. Portanto, pesquisem bem antes de entrar no primeiro restaurante!!
No fim da tarde, andamos até a Praia de Fora... Pra mim não é a mais bonita entre as praias de Trindade, mas é gostoso ficar sentado em uma das diversas pedras que ficam espalhadas pela areia...
Para finalizar os passeios do sábado, andamos até a Praia dos Ranchos e por lá ficamos até o anoitecer...
Nem preciso dizer que com sol TODAS essas praias ficam 200% mais bonitas e que NATUREZA E LIBERDADE SÓ EXISTE NA TRINDADE... :) créditos ao Neto Trindade para esta frase, que ilustra bem o ambiente desta pequena e mágica vilinha do Rio de Janeiro.
A noite assistimos a um show na rua, mas acabamos voltando cedo para o hostel, pensando em aproveitar o dia seguinte ao máximo.
No domingo acordamos, tomamos café e já partimos para a praia do Cepilho, onde estava acontecendo um campeonato de surf... o dia mais uma vez estava lindo e conseguimos registrar o pânico da chegada à luz do dia. De manhã não era nada apavorante, passamos pelo córrego tranquilamente e em poucos segundos.
Apesar da foto não ser tão grande, repare que a água pega boa parte do fim da estrada e a placa branca marca o início da continuação da estrada. Então, a noite, como não conseguíamos enxergar absolutamente nada, a ajuda do garoto do carro foi realmente essencial! (Recado ao moço do carro: Se um dia você ler isso, receba mais uma vez o meu muito obrigada).
Praia do Cepilho:
Importante: Além das praias, não deixe de ir nas cachoeiras... Não visitamos nenhuma porque acabamos indo embora bem cedo de Trindade para terminar a viagem em Ubatuba (em breve falaremos a respeito). Todas as pessoas com quem conversei sobre Trindade me indicaram visitar a Pedra que Engole. Para falar a verdade ficamos bem curiosas em conhecer, mas ficará para uma próxima.
E pra quem chegou ansioso até aqui, aí vão as dicas!
Com relação ao hostel, achei muitooooooo incrivelmente barato! A diária custou R$ 35,00 com direito à wi-fi, café da manhã e hospedagem para minha filha guerreira Trovão Azul. O dono, um Argentino SENSACIONAL, nos deixou super à vontade, deu dicas, emprestou óculos, enfim, deixou uma ótima impressão e com certeza numa próxima visita será o primeiro a ser contatado. Eles não possuem site, mas ai vai a página do Samblumba Hostel no Facebook: https://pt-br.facebook.com/pages/Samblumba-Hostel-Trindade/120093414735118
De São
Paulo à Trindade são aproximadamente 300 km... De gasolina foram R$ 30,00 em
São Paulo e, pra garantir, mais R$ 20,00 em Taubaté na ida. Mais R$ 30,00 na volta,
totalizando R$ 80,00
Pedágios:
Passamos por três pedágios que juntos somavam o valor de R$ 3,90 (somente ida)
para motos. (Se desejar consultar o valor para outros veículos clique
aqui: http://www.abcr.org.br/TarifasPedagio/TarifaPedagio.aspx)
Realmente
uma viagem boa, bonita e barata que mais uma vez está SUPER indicada!
Aproveitem Trindade ao máximo!
A praia
fica pra aquela direção:
Sigam o gato e
até a próxima aventura, amigos!
Carolzinhaaa : ir de moto em duas + mochilas +descer a serra da Osvaldo Cruz e pegar a Rio - Santos á noite com destino a Trindade é muita loucuraaa e muuuita aventura !! De carro só faço isto durante o dia pois o visual da Rio - Santos vale a pena ... Trindade tem um visual lindo mas achei melancólico o pessoal que ficam nos bares e desce muito para chegar nela... de carro a subida de retorno é bem punk...e tem umas pedras gigantescas no percurso que são incrivelmente assustadoras ... mas a aventura da estrada só de lembrar já é de tirar o fôlego ! Valeu a narrativa ! Bj !
ResponderExcluirGil!!! Você viu que não foi qualquer aventura né? Acho que deu pra sentir um pouquinho da emoção que foi! hahaha ainda bem que chegamos salvas e no fim tudo deu certo... A volta é assunto para o próximo post, a viagem à Ubatuba, que fizemos após sair de Trindade.... Valeu por me acompanhar Gil!! Beijossss
ExcluirUau!!
ResponderExcluirAdorei, Além de boas fotos, o texto está bem divertido e didático!!
Boas informações e ilustrações!
Muito bom!
Evoluindo =)
Aeeee valeu pela visita, pelos comentários e pelas indicações nas redes sociais Má rs :)
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