domingo, 30 de março de 2014

...Enquanto isso... Floripa!

Ahhhhhhhhhhhhhhh Floripa... Como estive ansiosa esperando escrever sobre você...

Amigos, eu suspeito ter um caso de amor com cada uma das viagens que faço! Cada vez que me pego escrevendo sobre uma delas, me bate uma vontade [grande] de me bandear para o destino ao qual me refiro, assim, desavisada e ficar por quanto tempo julgar necessário...

Óbvio que com Floripa não foi diferente. Estou aqui, atrás deste teclado, olhando para um tempinho frio (que na verdade eu AMO), mas com a cabeça no céu azul, nas praias de água G-E-L-A-D-A (de esbarrar num pinguim e tudo o mais) e gente bonita.

E ETA terra de gente bonita!  BENZADEUS ArreMaria! hehe

Nem falarei muito sobre a ida, pois aeroporto e companhia aérea nem merecem tanta consideração assim... Masssss, reclamações à parte, chegamos em Floripa em apenas 1 hora de voo (o que achei incrível) e fomos surpreendidas com uma leve garoa e com o tempo GELAAAAADO (por volta dos 14°).

Só que brasileiro não desiste nunca, não é mesmo? Colocamos nossas (poucas) roupas de frio (já que as praianas só levaram biquínis kkk) no aeroporto mesmo e partimos para o hotel de taxi, pois o translado da CVC só pode ser PIADA.

Quando chegamos ao hotel (informações no final), largamos as malas e partimos para conhecer o bairro logo de cara. Quem me conhece sabe do faniquito que tenho em não ficar trancada no hotel (ainda bem né?) mesmo em dias chuvosos e assim sendo, começamos.

De Canasvieiras fomos andando pela praia até Cachoeira do Bom Jesus (uma praia à frente). Um detalhe importante é que fomos no início de agosto (fora de temporada) então, por este motivo, TUDO estava vazio e muita coisa estava fechada... Na falta do que fazer no bairro, decidimos nos arriscar de ônibus até o centro e explorar um pouco mais longe de onde estávamos.


            O tempo em Canas estava “chatiante” assim: 




            Ônibus em Floripa é MUITO fácil de entender. Existem vários terminais e as linhas podem atender de duas formas: 1) Trajeto direto (de um terminal “x” a outro “y” sem parada) ou 2) trajeto comum, neste caso há paradas em diversos pontos e terminais.

            Quanto à chegada, olhem por meus olhos agora: Saímos do terminal de ônibus e nos deparamos com um centro que refletia o contraste de SP. Ruas LIMPAS, trânsito (se é que posso chamar de trânsito) ORGANIZADO, os “camelôs” em um lugar específico, não tomando as ruas como por aqui... Olha viu!!!

            Fora a paisagem! A Ponte Hercílio Luz, a avenida beirando o mar por quilômetros, a ligação entre ilha e continente, (de novo) as pessoas...! 



            Um detalhe a parte: lá em Florianópolis (pelo menos fora de temporada), as pessoas tem vida social, portanto não faça como nós, achando que lá tudo é 24 horas e que todos deveriam trabalhar aos sábados, domingos e feriados como nessa doideira aqui que é São Paulo...

Para encontrar um restaurante aberto numa tarde de sábado (tipo entre 15:00 e 17:00 hs) andamos por HORAS! A fome já estava nos consumindo, a chuva repentina começou a apertar e só conseguimos comida num shopping que, não sei se foi a situação e/ou o tempo, estava longe pra caramba!

            O domingo foi de MUITA alegria, pois conseguimos comprar de última hora (última mesmo) um par de ingressos para o Beto Carrero! E melhor ainda, o dia amanheceu com um sol maravilhoso, céu azul e sem riscos de chuva (apesar do vento geladinho que enfrentamos por lá).




            O parque em si possui diversas opções para se divertir durante o dia. Se você, como nós, tiver um passaporte para apenas um dia, deve abdicar uma ou outra atração. Não da para desfrutar de tudo em apenas um dia. Isso porque o parque tem vários brinquedos radicais, shows em horários pré-definidos, um mini zoológico e atividades pagas, como passeio de helicóptero ou corrida de kart...

            Nós fizemos uma rápida passagem pelo zoológico:




            E depois preferimos ficar nos brinquedos (vazios!!) enquanto todo o resto da multidão assistia aos shows. Escolha esta que mais tarde quase colocaria um fim na minha vida. A Tati (sim, ela mesma, que sempre me faz fazer coisas que eu me arrependo depois) me OBRIGOU com uma faca e um revolver um em cada mão a descer a pior invenção de Ades, deus do mundo inferior Big Tower, a torre de 100 metrooooos, que equivalem a nada menos do que um prédio de 30 andares e sim amigos, ela é uma das maiores do mundo e está bem aqui no nosso Brasilzinho.




            Segundo a Tati, a vista do alto da torre é maravilhosa, com montanhas, mar, mais montanhas mais mares, etc... Eu não vi nada disso, óbvio, pq fui com meus olhos PREGADOS. ;(


            Eu chorei. Sim eu chorei! Mas posso justificar... Aquele vento nos meus olhos me fez chorar! E mais, chorei tão rápido quanto a decida, porque ninguém sequer reparou... :D

            O almoço, apesar das várias opções, entre lanche e comida escolhemos a dedo! Preferimos almoçar comida, que estavam todas no mesmo preço, mas pegamos a pior comida de toda esta viagem! Pagamos R$ 30,00 CADA UMA (sem refri) pelo prato (coma a vontade), mas a comida era ruim, seca, parecia estar lá há três dias, então comemos só um pratinho e voltamos aos brinquedos. Fiquem atentos aos restaurantes [dica].

              Além desse episódio, todo o resto foi lindo, encontramos até o KUNG FU PANDA por lááááá *-*


           

            No terceiro dia de viagem, saímos feito andarilhas de Jesus e desbravamos vááárias praias do norte da ilha... 

            Começamos em Canasvieiras, que aliás, fica bem melhor com sol:



            Passamos por Jurerê:




                  Jurerê Internacional:


            Aqui está uma das mais belas vizinhanças que já tive a oportunidade de “conhecer” (mesmo que de fora, correndo o risco de ser presa por andar pelo bairro e ser confundida com alguém pronta para sequestrar uma daquelas famílias).

            Em Jurerê Internacional está concentrada a parte mais rica do Brasil, em minha opinião. É SURREAL o tamanho das casas, os carrões estacionados, as lanchas, iates, a limpeza das ruas e a quantidade de câmeras organização do bairro. Tudo muito bem cuidado, desde a grama até a pomba que voa por lá faz suas necessidades no vaso sanitário das pombas (brinks hihi).




            De lá, atravessamos por uma pequena trilha até a praia do Forte, onde a vista é liiiiinda e a água azul azul azul! Existe um forte (como o próprio nome da praia diz) que para entrar basta pagar o valor de R$ 8,00... Não entramos pois ainda tínhamos que almoçar (sim, isso tudo foi antes do almoço) e finalmente, chegar na praia de Daniela *-*



            Após o (MARAVILHOSO) almoço (DOS DEUSES), seguimos por uma trilha um pouco mais fechada e extensa e atravessamos para a praia de Daniela... 



             Me perdoem, mas tive que postar essa, isso estava realmente muito bom! 


            Para encerrar o terceiro dia, lhes digo que na realidade, Daniela não foi a melhor praia do dia, por lá não tem nada a não ser um curto espaço de areia... se olharmos no mapa, ela termina em mar e pela praia não tem como avançar para outro lugar. 

            Se estava bom, no quarto dia ficou ainda melhor. Ao visitar a Lagoa da Conceição, encontramos uma loja que alugava motos! Deixamos os ônibus de lado e partimos para as aventuras motoqueiradas!

            Até hoje a Trovão Azul não gosta que tocamos neste assunto, mas a RAIO DE SOL arrasooooou e nos ajudou demais em Floripa, por essas e outras ela também merece uma foto por aqui:



            O fato é: depois que alugamos a moto, nós andamos Floripa de ponta a ponta! Conhecemos a praia e as dunas da belíssima Joaquina:



            Nas dunas é possível se arriscar no “sand board”, que não fizemos, já que na praia tinha apenas nós, areia e mar... Ir pra qualquer lugar fora de temporada pode ser ótimo: não enfrentamos trânsito, filas, turistas chatos, nem nada disso, mas em contrapartida perdemos algumas coisas que costumam abrir apenas quando há público o suficiente para funcionar...



            Mais tarde, pilotamos outra vez até o centro e passeamos pelo shopping (como todo bom paulistano), jantamos num restaurante japonês (coma a vontade) relativamente barato e muitíssimo gostoso, localizado na avenida beira-mar e curtimos uma piscina aquecida oferecida pelo hotel :)

             Nos dias que se seguiram, tratamos de conhecer mais praias. Passamos pela praia Mole, por Campeche e pela Barra da Lagoa. Também conhecemos o Rio Tavares, Moçambique, Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha e Naufragados.

            Todas, sem exceção, DEVEM ser visitadas quando estiverem por Floripa. Ênfase para Naufragados, aonde só se chega após percorrer uma grande trilha fechada. O final é muito muito muito bonito! Nesta praia existe, inclusive, um farol e é um ótimo local para a prática do surf.



            Além de toda essa andança, fizemos ainda, um passeio muito legal num barco pirata, com direito a Capitão e dois piratas dançarinos kkkkkkkkk 
               
              A saída é feita no Trapiche de Canasvieiras. O barco nos levou para o Forte de Santa Cruz na Ilha de Anhatomirim. Lá ganhamos uma aula de história e ainda visitamos um museu que guardava entre outras coisas o esqueleto de uma MEGA baleia. O caminho para a ilha é feito pela Baía dos Golfinhos, onde se der sorte, você consegue vê-los nadando bem próximo ao barco... Nós, é claro, não vimos nem sinal deles, mas amigos já disseram ter visto, então, não podemos duvidar tanto por enquanto.... kkk

             Como o passeio dura 5 horas, há uma parada para almoço na Costeira da Armação, no município de Governador Celso Ramos, em Santa Catarina. Na volta o barco para e os turistas podem descer para nadar próximo à Ilha do Francês. Apesar de a parada ter sido feita e do sol estar brilhando, a água estava bem gelada e resolvi não congelar por lá. É um passeio bem agradável por um preço razoável.




            Agora chegou o momento mais esperado: eu juro parar de falar tanto e vamos às dicas:

            Gente, fora de temporada tudo é lindo. Ao contrário do que imaginávamos, a comida era muito mais barata do que na Praia Grande, por exemplo... Porções de tudo o que você pode imaginar não custavam os mesmos 70,00 reais que pagamos no Guarujá na semana retrasada (que também nem era temporada).

            Fechamos um pacote com a CVC para 8 dias, com hotel, café da manhã, passagem de ida e volta e taxas inclusas por 720,00 cada uma, tendo a opção de pagar em até 10x sem juros... Apesar de ter dado tudo certo, não gostamos muito do atendimento deles (Shopping Bourbon), mas no hotel e em toda Florianópolis, não encontramos UMA pessoa sequer que nos tratasse mal ou com mal humor rs. Desde a moça no ponto de ônibus até o recepcionista do hotel foram muito simpáticos e prestativos... Se alguém um dia ler isso, vai aí o nosso muito obrigada! Hoje em dia está difícil encontrar pessoas (ainda mais várias) assim.

            A moto, alugamos por 50,00 por dia. Para alugar é necessário documentos básicos, como CNH e um cartão de crédito válido com ao R$ 800,00 de limite disponível.

        O passeio de barco custou R$ 35,00. Caso queira almoçar na parada que eles fazem, você deve desembolsar mais R$ 15,00 para um restaurante “coma à vontade”, só que a comida não é tãããããão saborosa... Ahh o forte também é pago a parte! Custa R$ 8,00 e estudantes pagam meia entrada.

            Restaurantes têm pra dar e vender. Deem uma pesquisada, mas o preço é meio que padronizado. As porções de camarão, lula, isca de peixe, etc., custaram de R$ 20,00 à R$ 30,00 (ACREDITEM) e por este motivo (só por este) voltamos desta viagem uns 50 kgs mais gordinhas (cada).

            No Sul da Ilha, visitamos um restaurante chamado Santa Figueira. MARAVILHOSO, porém caro para nossos padrões kkk, mas que tivemos que entrar, parar e comer. Foi um dos mais bonitos que já vi, com vista para o mar, decoração rústica e o melhor atendimento dos 7 mares! Comemos um espaguete com tudo o que existe de melhor em frutos do mar e neste, os itens do cardápio começam em R$ 75,00 e vão até R$ 200,00.

            Lá os ônibus custam R$ 2,90 pra quem não possui o cartão (que agora está 0,10 centavos mais barato segundo sites de notícias) e como já disse a facilidade na locomoção por lá é enorme!

            Pra quem não pilota moto, no aeroporto e em vários pontos da cidade há lojas de “Rent a Car”, claro que ter um veículo é muito mais cômodo do que depender de ônibus, mas ai vai de cada um, não é mesmo?!

         Para o passeio ao Beto Carrero, desembolsamos R$ 110,00 com o ingresso para um dia de acesso ao parque e o transporte ida e volta partindo de Canasvieiras.

            Bares, Pubs e baladas são encontrados facilmente na Lagoa da Conceição. No centro, mais shoppings e restaurantes. Ahhh e também tem uma praia de nudismo em Floripa, não visitamos mas vale a dica: Chama-se Galheta e fica entre a praia Mole e a Barra da Lagoa.

             E para finalizar as dicas, tenham amigos que lhes recepcionem assim no aeroporto:



              Agradecimentos especiais para Ana & Daniel hehe


            É pessoal, o ultimo post, falando sobre Ubatuba foi propositalmente pequeno, já que teríamos muuuuuita história pra contar por aqui. Saibam que eu resumi e muito, mas que todos os pontos importantes foram lembrados. Esta foi mais uma viagem inesquecível e quem fizer saberá do que estou falando. Tenham sempre um mapa em mãos e tentem conhecer o máximo possível dessa terra. Garanto! Não terão arrependimentos.

            Nos vemos no Rio de Janeiro, nossa próxima aventura J

domingo, 23 de março de 2014

...Enquanto isso... Ubatuba!

          
          Esta viagem é basicamente o final do post anterior.

        Trindade ficou pra trás por volta das 11 da manhã. O trauma da ida foi tamanho que não quisemos arriscar voltar tarde demais e passar o mesmo apuro na volta...

         A ideia principal era avançar mais na viagem e ir até Paraty, mas seguimos as orientações do pessoal da cidade e retrocedemos à Ubatuba que, aliás, foi uma ótima ideia!

        O domingo estava lindo! Um baita sol, vento forte quebrando aquele clima abafado e a estrada livre!

         Num dia como este, só o fato de passar pela Rod. Rio-Santos já é gratificante. De longe é a estrada com o visual mais bonito que já vimos. Alguns quilômetros de mata fechada, outros de morros, riozinhos durante o trajeto e finalmente, no ponto alto, uma BELA vista das praias de Ubatuba. TODAS, sem exceção nenhuma, são belíssimas! Vistas de cima, não parecem ser tão perto de São Paulo, nossa cidade cinzenta de praias cinzentas.

         Isso não é uma crítica, mas quem está acostumado a fazer bate e volta no litoral sul ao menos uma vez ao mês (eu), deixe esta rotina de lado e experimente ir mais longe. Será a primeira vez de muitas, tenho certeza! Lá a natureza prevalece e este é o charme do lugar!


Quer ver? Então olha só isso:

   Praia do Félix vista da Rodovia Rio-Santos.                                                        Fonte: http://viagem.uol.com.br/album/guia/2013/08/16/ubatuba.htm#fotoNav=52



De Trindade até Ubatuba existem váááááárias opções de praias e aqui cito algumas delas: Almada, Félix, Galhetas, Pereque Mirim, Prumirim, Praia Vermelha e muitas outras... O fato é: tudo é lindo demais! E a tentação é de parar em todas, mas pelo horário decidimos escolher entre elas e paramos em Prumirim.



E que ótima escolha, não?

         Para entrar na praia é necessário passar pelas ruas de um condomínio fechado (coisa fina) e na areia da praia não existem milhares de quiosques, bares e lanchonetes, existem dois, de resto é só mar, areia e um liiiiiiiiiindo visual.



         Além das praias, Ubatuba ainda oferece ilhas, cachoeiras, trilhas e uma cidade com várias atrações, ou seja, quem vai pra lá não conta só com sol não. Tem passeios para todos os gostos... E falando em gostos, saindo de Prumirim, passamos a tarde na orla da praia do Cruzeiro, já na cidade... Muito mais movimentada, com várias opções de restaurantes, sorveterias e logo atrás da avenida principal, todos os tipos de comércios.

Ah! E quase esqueci... Muitas ruas de mão única, o que me deixou um pouco impaciente, já que tive que rodar pelo mesmo lugar mil vezes para conseguir chegar ao ponto que queríamos.



O desfecho foi um contraste da ida. Voltamos pela Tamoios, que apesar de estar em obras, nos garantiu uma viagem tranquila... Me parece que atualmente as obras foram concluídas, mas é bom pesquisar sobre isso antes de sair de casa.

Neste post as dicas ficarão por conta apenas das praias já que não ficamos por lá para saber sobre acomodações e outros serviços.

Masssssssssssss aguardem a próxima publicação! Tenho 8 dias de conversa sobre Florianópolis esperando para serem lidos! :)

Até lá!!

sexta-feira, 14 de março de 2014

...Enquanto isso... Trindade!

    Enquanto a gente espera a terceira e próxima viagem de 2014, que tal relembrar outras aventuras?


Um belo dia, eu tive a brilhante ideia de conhecer Trindade, no Rio de Janeiro. Até aí, realmente era uma brilhante ideia, pois o lugar é indiscutivelmente lindo... Mas, é claro, tinha que ter alguns poréns...

1)    Eu quis ir de moto;
2)    Essa era minha primeira viagem relativamente longa de moto (o mais longe tinha sido Sorocaba);
3)    A apressada que aqui vos fala quis ir após o horário de trabalho, numa sexta-feira; e...
4)    A Tati poderia ter dito NEM PENSAR! Mas como é mais doida do que eu não me travou. Rs

       Tem um “P.S.” também e contá-lo-ei (óóóó, culta!) aqui mesmo. O meu assistente e GPS googlemaps não entrava na vila de Trindade (na época, pois conferi recentemente e agora entra ¬¬), então eu sabia (mais ou menos) chegar até lá, mas após cruzar a placa (de madeira) indicando a vila, era algo a se descobrir ainda...

         Tudo acontecendo conforme o programado: malas prontas, caixas de areia limpas e estoque de água e comida verificados (para as nossas gatinhas Cruela e Narcisa *-*).

         O trajeto conferido e repassado mil vezes era o seguinte: Rod. Ayrton Senna > Rod. Carvalho Pinto > Rod. Oswaldo Cruz > Rod. Rio-Santos > ** Trindade **

        

       Saímos por volta das 18h30min, e a partir daí foram uma sucessão de erros. (Inclusive este post será contado por erros e não por palavras...).

Minha primeira decisão errada foi utilizar a Rodovia Ayrton Senna (SP-070) ao invés de ir pela Dutra (BR-116). Fiquei amedrontada com a fama de a Dutra ser cheia de caminhões e blá blá blá... Acabei indo por uma rodovia onde existe somente um raio de ponto de parada! Um Frango Assado em São José dos Campos. Antes e depois apenas estrada. ¬¬

         Dica 1: Apesar da má fama, gostei muito mais de utilizar a Dutra (fomos para Campos do Jordão por lá) por conta dos vários postos de gasolina e restaurantes que têm pelo caminho e pelo fato dela economizar 10 km nesta viagem.

         Segundo erro: Achar que daria tempo de entrar na Rod. Oswaldo Cruz antes do céu escurecer por completo, mas a noite caiu desde que paramos em São José dos Campos para colocar as capas de chuva (já que DO NADA fez um frio do Alaska).

         Tem outro P.S. por aqui... Não só uma como VÁRIAS pessoas me disseram que a serra de Taubaté era bem complicada, que a velocidade máxima por lá era 20 km e que eu era louca de ir à noite e de moto ainda por cima, masssss, a espertona aqui como sempre contrariou todos os avisos e mesmo assim foi se aventurar... Gente, eu pensei “Magina, 20 km? Hahaha a galera está exagerando e muito, em nenhuma pista do planeta a velocidade será de 20 km kkkk, doidos”.


         Mas SIIIIIIIIIIIIM!!!! SÃO EXATOS 20 KM/H OU MENOS PRA SE ANDAR NAQUILO!

Existem duas faixas na Oswaldo Cruz. Uma de ida e uma de volta. Faixa refletora no meio? Hahahaha LUXO! Algum sinal de vida? Eu, a Tati e a Trovão. Uma escuridão de dar arrepios! Neblina tão forte que o farol baixo não me deixava enxergar um palmo na minha frente, o farol alto piorava a situação.

         Conforme subíamos, a viagem ficava mais tensa! O frio aumentava e uma garoa fininha começava a cair. Nessa parte da rodovia, eu estava conseguindo andar numa média de 60 km/h, até que... Sim, a situação piorou!

         Começamos a descer. E a descida foi horrível! As curvas eram tão fechadas que fiquei com medo de andar com a moto engatada e ela morrer do nada e a gente cair. Fiquei com medo de andar com ela no ponto morto e correr o risco de andar rápido demais e não conseguir fazer a curva. Show de horror.

Não tinha clima (nem luz) para fotos deste ponto, mas depois procurei no google uma foto da estrada e vi coisas que ilustram bem o desespero:


Acreditem quando eu lhes digo que isso aí à noite, com chuva fina, neblina, frio e duas mochilas lotadas em cima de uma moto é pior do que um pesadelo estrelado pelo Freddy Krueger! E acreditem também que eu nunca tive medo de pilotar uma moto, mas depois deste dia... :s

...Trindade fica a 8 km após o início do Estado do Rio de Janeiro. Entrando na Rodovia Rio-Santos, após o posto policial, são exatos 32 km percorridos em São Paulo e mais 8 km já em solo carioca.

Ao contrário do que dizem, existe sim uma placa indicando a entrada de Trindade! Eu fui com a ilusão que só teria uma plaquinha velha de madeira dizendo onde entrar e por conta disso todos os lugares que tinha uma aberturinha de árvore ou uma trilha qualquer, eu já dava seta e encostava para entrar na vila, (frustradíssima).

         Quando passamos pela placa, achei que finalmente tínhamos concluído a missão, mas após subir o primeiro morro (é asfaltado!) me deparei com outra placa dizendo:

>> TRINDADE A 5 KM <<
         
         Mas o que eram 5 km pra quem já tinha percorrido 300 né? Segui a orientação da placa e desci 3 km, dando de cara com... UMA PRAIA! Pedras e ondas quebrando nas rochas, de um lado. Um córrego e escuridão total do outro.

         Pensei: “Ferrou!” Não tem mais estrada. Não tem trindade. Não tem pra quem perguntar.
Voltamos até a placa, descemos mais uma vez e pra resumir, só conseguimos entender que ali tinha uma continuação quando um ônibus apareceu do nada do meio do mato!

         A questão era: O chão de pedras, cheio de areia de praia, eu escorregando com meu tênis de sola gasta (ô vida) e um córrego (que estava cheio porque naquela semana tinha chovido muito no Rio de Janeiro) separando o fim da estrada da praia com o começo da estrada pra vila. O que fazer?

          
         Simmmmmm! POSEIDON me enviou do mar um carro!!! Um carro!!!!  Apareceu do nada em meio à escuridão, com apenas uma pessoa dentro, um cara que desceu e disse a linda frase:
         “Quer que eu passe com a moto pra você?”

Aí eu respondo:
1)    Tá loco meu filho? Toma seu rumo, acha mesmo que vou dar minha trovão azul, obra dos mais lindos deuses gregos na mão de um estranho que acabou de chegar e blá blá blá, todo aquele xilique de mulher...
2)    CLAROOOOOO POR FAVOR FAZ ESSA POR NÓS, OBRIGADA OBRIGADA OBRIGADAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!! ;DDDDDDD

    É gente, perante a situação, entreguei minha linda filha ao estranho e ele gentilmente passou pelo córrego, estacionou e eu e a Tati passamos a pé pelo riozinhomalditoinfernoquemcolocouaquiloalinomeio?

         Finalmente... A vila de Trindade! É uma coisica fofa, pequena, aconchegante, com praias lindas, piscina natural (leve óculos de mergulho e nade com os peixes, é rasinho!), trilhas curtas, longas, médias, fica a preferência do freguês.

         Dá para visitar tudo em um fim de semana tranquilamente, pois ela é mais ou menos assim:




E por ser uma vilinha pequena não precisa ir de carro (ou moto) para ficar bem por lá... Este foi mais um erro... A viagem de ônibus seria muito mais tranquila e confortável... Mas enfim, chegamos na pousada MEIA NOITE E MEIA. Sim amigos, foram seis horas numa viagem que daria para fazer em 3 horas e meia (mais ou menos)...



O dia começou maravilhoso! Apesar de a semana anterior ter chovido em excesso no Rio, o sábado acordou de bom humor com um baita sol lindo brilhando pra gente aproveitar!
    Começamos pela praia do Meio. Estava razoavelmente movimentada. Ficamos um pouco, mas o objetivo principal era conhecer a piscina natural.



                            Praia do Meio

                            Praia do Meio

       A seguir, rumamos pela primeira trilha sentido à praia do Cachadaço. Uma trilha de nível fácil. Passamos sem nenhum tipo de problema...


                      Vista da trilha a caminho da praia Cachadaço



Neste lado da praia o ambiente era bem mais tranquilo do que na praia anterior... Não tinham carros com sons estridentes e poucas pessoas passeavam por lá... 


                           Praia do Cachadaço

                     Praia do Cachadaço


Percorremos toda a praia à procura da trilha para a piscina natural. No fim, já entre as pedras está a entrada para a trilha... Esta, de nível um pouco mais elevado começou com uma surpresa. De atravessado na trilha, um lagarto enorme!! Quase caí pra trás de medo! Hahaha

Mas ele ficou lá por apenas alguns segundos e logo se escondeu na mata para finalmente começamos a subir a trilha. A vista do alto da trilha também é muito bonita, vale a pena parar pra recuperar o fôlego tirar umas fotos.




Chegando na piscina natural do Cachadaço, ficamos encantadas com a quantidade de peixes e o quão próximo eles ficam das pessoas... (mesmo nesta foto tendo apenas um peixinho, na realidade o lugar é rodeado por vários cardumes)



E nesta hora, mesmo com o tempo ficando nublado, bastante gente continuou na piscina, inclusive nós. Ficamos até começar a bater AQUELA fome...

            


E falando em fome, apesar de termos encontrado um hostel muito legal e barato, (informações no fim do post) comer em Trindade sai um pouco mais caro do que imaginávamos... Andamos pela vila e olhamos restaurante por restaurante até encontrarmos um prato feito (caprichado até) por R$ 18,00, que em vista dos demais, acabou sendo uma boa opção. Portanto, pesquisem bem antes de entrar no primeiro restaurante!!

No fim da tarde, andamos até a Praia de Fora... Pra mim não é a mais bonita entre as praias de Trindade, mas é gostoso ficar sentado em uma das diversas pedras que ficam espalhadas pela areia...




Para finalizar os passeios do sábado, andamos até a Praia dos Ranchos e por lá ficamos até o anoitecer...



Nem preciso dizer que com sol TODAS essas praias ficam 200% mais bonitas e que NATUREZA E LIBERDADE SÓ EXISTE NA TRINDADE... :) créditos ao Neto Trindade para esta frase, que ilustra bem o ambiente desta pequena e mágica vilinha do Rio de Janeiro.

A noite assistimos a um show na rua, mas acabamos voltando cedo para o hostel, pensando em aproveitar o dia seguinte ao máximo.

No domingo acordamos, tomamos café e já partimos para a praia do Cepilho, onde estava acontecendo um campeonato de surf... o dia mais uma vez estava lindo e conseguimos registrar o pânico da chegada à luz do dia. De manhã não era nada apavorante, passamos pelo córrego tranquilamente e em poucos segundos. 

Apesar da foto não ser tão grande, repare que a água pega boa parte do fim da estrada e a placa branca marca o início da continuação da estrada. Então, a noite, como não conseguíamos enxergar absolutamente nada, a ajuda do garoto do carro foi realmente essencial! (Recado ao moço do carro: Se um dia você ler isso, receba mais uma vez o meu muito obrigada).



Praia do Cepilho:




Importante: Além das praias, não deixe de ir nas cachoeiras... Não visitamos nenhuma porque acabamos indo embora bem cedo de Trindade para terminar a viagem em Ubatuba (em breve falaremos a respeito). Todas as pessoas com quem conversei sobre Trindade me indicaram visitar a Pedra que Engole. Para falar a verdade ficamos bem curiosas em conhecer, mas ficará para uma próxima.


E pra quem chegou ansioso até aqui, aí vão as dicas!


Com relação ao hostel, achei muitooooooo incrivelmente barato! A diária custou R$ 35,00 com direito à wi-fi, café da manhã e hospedagem para minha filha guerreira Trovão Azul. O dono, um Argentino SENSACIONAL, nos deixou super à vontade, deu dicas, emprestou óculos, enfim, deixou uma ótima impressão e com certeza numa próxima visita será o primeiro a ser contatado. Eles não possuem site, mas ai vai a página do Samblumba Hostel no Facebook: https://pt-br.facebook.com/pages/Samblumba-Hostel-Trindade/120093414735118

De São Paulo à Trindade são aproximadamente 300 km... De gasolina foram R$ 30,00 em São Paulo e, pra garantir, mais R$ 20,00 em Taubaté na ida. Mais R$ 30,00 na volta, totalizando R$ 80,00

Pedágios: Passamos por três pedágios que juntos somavam o valor de R$ 3,90 (somente ida) para motos. (Se desejar consultar o valor para outros veículos clique aqui: http://www.abcr.org.br/TarifasPedagio/TarifaPedagio.aspx)


Realmente uma viagem boa, bonita e barata que mais uma vez está SUPER indicada! Aproveitem Trindade ao máximo! 

A praia fica pra aquela direção:


Sigam o gato e até a próxima aventura, amigos!