sexta-feira, 24 de abril de 2015

#3 – Carrancas

            Devo começar o texto de hoje fazendo dois lembretezinhos: 1) Estamos em dia com as programações de viagens deste ano!!!! (uhuuuuuuuul) E 2) Quem leu o último post já estava consciente que teríamos mais uma viagem pra Minas Gerais (já que é o Estado com maior número de municípios e blá, blá, blá....).

               Porém, desta vez nosso destino foi um pouco diferente... Levamos um guia, ou melhor, ele nos levou... Meu Papi, conhecedor das terras mineiras e grande apreciador de ecoturismo e aventuras malucas (se lembram dele em Pedra Bela?) foi o idealizador dessa viagem.

               E o motivo pelo qual meu pai sempre falava de Carrancas com um orgulho tremendo vocês verão a seguir, porque o lugar é realmente maravilhoso.

               Saímos de Jundiaí por volta das 17h30min (sim, eu e a Tati fomos até ele...) e chegamos na cidadezinha mais ou menos às 22h40min. Aproximadamente 5 horas de viagem com apenas uma parada, de Golzinho 1.0, fomos bem. A estrada: Fernão Dias até Lavras, tranquila, bem sinalizada, com alguns pedágios e como dizem “um tapete”.

               Entrando em Lavras, encontramos uma estrada medonha A NOITE (durante o dia ela é tranquila), sem sinalização, apenas uma pista de ida e outra de volta, caminhão cruzando o caminho a todo momento e uma buraqueira dos infernos, porém, infinitamente menos tensa que a de Taubaté anoitenofrionachuvademotosódelembrarjáchoro hehe

Já a estrada que chega efetivamente em Carrancas é ótima! E isso foi a primeira coisa que me surpreendeu. Embora também seja apenas uma mão de pista, ela está sinalizada perfeitamente e o asfalto é novinho! Da pra ir sem medo com toda a certeza! J

Como chegamos tarde, corremos pra pousada que [teoricamente] nos esperava. Teoricamente porque batemos à porta da Pousada Carrancas, tocamos a campainha, ligamos e nada de sermos atendidos. Não sei o que diabos aconteceu, só agradeço por não ter feito depósito antecipado... hehe. Demos literalmente com a cara na porta e tivemos que procurar outra pousada na cidade (sim, às quase 23h da noite ¬¬)

E nesse desencontro, acabamos nos hospedando na Pousada Roda Viva, por R$ 15,00 mais caro do que estávamos contando (de R$ 50,00 por R$ 65,00 por pessoa e por dia), mas que devido às circunstâncias foi nossa única opção.

O galo cantou, nós acordamos, enchemos as barrigonas e partimos para o início da aventura. Há apenas alguns km da cidade nossa primeira parada foi na Cachoeira da Fumaça: 





               O engraçado é que virando de costas para ela, já damos de cara com outra! A Cachoeira Véu das Noivas (sim, toda cidade tem a sua rs).



               Ops, descendo um pouquinho (cerca de 50 metros) esbarramos em mais uma! A Cachoeira do Luciano:


               A boa notícia: Todas são lindas!

              A má notícia: Uma é consequência da outra, ou seja, todas são formadas pelo mesmo rio e ele está impróprio para banho L. Segundo os próprios moradores da cidade, a impossibilidade de utilizar as cachoeiras deste complexo se dá porque elas estão recebendo o esgoto da cidade... Sim, a má notícia é péssima na verdade, veja novamente as fotos e se dê conta disso você também... LLLL

É triste, mas a vida tem que continuar e por isso subimos pelo lado do rio que forma a Véu das Noivas (esta com água limpa a ponto de poder tomar) e encontramos a Cachoeira da Serrinha. Nela fizemos nossa primeira parada banhística. 






               Avisos:

1) Pra chegar na serrinha, obrigatoriamente, passe pelo rio poluído (ele pode estar bem cheio ou não, depende das chuvas do período...);

2) Atravesse MUITO, mas MUUUUITO mato...;

3) Sempre valerá a pena.

             Primeira parada feita, fomos em busca do nosso segundo destino: A Cachoeira da Esmeralda.

           O Complexo da Esmeralda fica um pouco mais afastado da cidade e está localizado no interior de uma propriedade privada (não é necessário pagar pra entrar). Em Carrancas muita coisa fica em local privado e a meu ver é necessário estar com um transporte próprio pra não passar vontade...

           No caminho da Esmeralda, vimos um lagarrrrrto (ou calango... que pra mim era um Dragão!) e pelo visto cruzamos com outros vááááários que eu não vi, pois meu papi decidiu não fazer alarde...):


Olha bem, ele está aí!!!! Argggggghh
                Porém, lagartos a parte, a trilha é bem fácil de ser feita e é praticamente na encosta do rio... Antes de chegar ao destino final, encontramos o Poço do Louva-a-Deus...




               E finalmente... A Esmeralda:





                O lugar é lindo demais e é um pouco profundo. Quem sabe nadar, vale a pena levar uma máscara de mergulho pra brincar na água limpinha do poço que ela faz. Quem não sabe, além da máscara, leve colete (como eu) rs




                Neste ponto ficamos provavelmente por mais de uma hora, pois saímos de lá e fomos direto para o almoço. Escolhemos o restaurante do próprio hotel que custava R$ 34,90 por quilo. Comidinha boa, feita no fogão à lenha, tipicamente mineira.


E foi aí que descobrimos o inesperado! Que SIM!!! Toda novela é uma farsa!!!! Pois é amigos, nosso querido comendador (pra quem vê novelas) nunca esteve no Monte Roraima!!! A novela Império foi gravada nada mais nada menos do que em CARRANCAS!!!

Legenda: Siiiim, isso ^^^^^^ é carrancas! (Fonte da imagem: gshow.com)

                O lado bom disso: Percebam que o lugar é demais mesmo... A Rede Globo não iria perder tempo né...?!

                Enfim... Após o almoço, Complexo da Zilda... 



                ...Que é composto por toooodos esses lugares mostrados na placa acima... Nossa primeira parada foi no Escorregador da Zilda. Você paga uma pequena taxa de R$ 3,00 por pessoa para entrar na propriedade, mas é bem legal, se eu fosse você, eu entraria...





                Vocês não têm ideia do quanto demorei pra tomar coragem e finalmente descer o escorregador. As pessoas que estavam lá pararam o que estavam fazendo para me ver e nãoooooo!!!! Eu não estava querendo confete! Era puro medo mesmo rsrs       


                Saindo de lá, passada rápida pela Cachoeira do Índio:



                E após uma trilha beeeem tranquila de se fazer, que eu classificaria como “nível fácil total” rs, finalmente a tão esperada Zilda.





                 Belíssima!

                Por dentro da mata, alcançamos mais uma cachoeira (esta não sei o nome...) e lá nadei por uns minutos antes de voltarmos (estava começando a escurecer).






                O Jantar aconteceu em uma lanchonete chamada “Will’s Burguer” que serve hambúrguer caseiro e um lanche FELOMENAL (aproveitando o clima Global que estamos aqui...).

No domingo visitamos a Cachoeira do Moinho...



                Na companhia da simpática Hannah, que nos mostrou o caminho direitinho e foi uma ótima guia J



                De lá rumamos para outra cena da novela Império (é sério, foi mesmo – eu disse que estamos num clima global...): Uma caverna (sim, eu disse que não entraria de novo em uma).



                Entrei mas não entrei, sabe? Foi tipo, alguns passos lá dentro e logo vazei. Não fiquei esperando nenhum sapo, lagarto ou qualquer outro monstro aparecesse... (Detalhe sobre os lagartos: um dia desses andei lendo a respeito deles e estou mais que ciente que eles podem SIM viver em uma caverna).

O lugar é interessante, um cenário muito, mas muito bonito, devo admitir.





                No almoço do domingo, resolvemos partir pra comidinha mineira de novo e fizemos a nossa parada no Recanto – Bar e Restaurante. R$ 29,00 por quilo da comida mais delícia dessa vida do fim de semana! Ou 29,00 por pessoa caso você queira comer a vontade... Maravilha de lugar! :D
                Vamos aos valores dessa brincadeira?

1* O hotel ajeitadinho, tinha sauna, piscina e cômodos sociais que não utilizamos (sequer olhamos): R$ 65,00 por dia e por pessoa (já falei né? É só pra relembrar, “se acalmem-se”);

2* Gasolina: 57,50 pra cada;

3* Pedágios: Vários de R$ 1,60 cada na Fernão Dias. R$ 10,00 deve dar.

4* Alimentação: R$ 34,90 o quilo no primeiro restaurante, R$ 10,50 pelo X Salada Fantástico no jantar e R$ 29,00 o quilo no terceiro (podendo ser R$ 29,00 por pessoa coma a vontade, você quem manda);

5* Cogitamos a possibilidade de participar da morte em um bendito Paragliding, mas custava R$ 220,00 por pessoa 15 minutos de voo. Desistimos;

6* Por lá tem quadriciclo, passeios de jipe, aluguel de moto e rapel, tirolesa e todos os outros esportes radicais que você queira participar, basta pagar uma “taxinha”;

7* Algumas atrações (a maioria) ficam em propriedade privada, portanto, taxa de entrada. Escorregador R$ 3,00. Cachoeira da Zilda R$ 3,00 (se tiver alguém lá pra cobrar... hehe), Complexo das Onças R$ 10,00...

8* O monte Roraima (como ficou conhecido por lá) também está dentro de propriedade particular e lá só pode entrar quem estiver com um guia.


Chega né? Nos encontramos na cachoeira do Perequê, nossa próxima parada do ano de 2015.. :D