quarta-feira, 20 de maio de 2015

#4 Cachoeira do Perequê e Prainha



                Sei o que a grande maioria pensa sobre o litoral Sul de São Paulo... Mas sei também que todos que pensam que é literalmente um parto aquela viagem para Itanhaém ou Mongaguá têm um motivo especial para correr desse passeio de grego: sua família te fez sofrer por lá. Você tem um trauma de infância nessas terras...

                Quer ver só? Assinale as alternativas que se aplicam:

(  ) Sua mãe te fez carregar cadeiras de praia, guarda-sol, brinquedos, bolsas térmicas e todos os outros apetrechos praianos farofeiros num pequeno percurso de alguns quilômetros de casa até a praia (sem contar a passarela, pois você estava do outro lado da pista);

(  ) Como se não bastasse isso na ida, você fazia tudo de novo na volta, porém, incluindo ai: fome, areia, melação do mar e sol forte do meio dia...;

(  ) Feriado prolongado = praia! Acompanhado, é claro, de algumas 5 (ou mais) horas de trânsito;

(  ) Essa é para poucos: Descer pra Itanhaém num Palio (ou Escort, não lembro bem agora) com três crianças no banco de trás e um colchão de solteiro no nosso meio...

(  ) Sem contar os pernilongos, aquela fumacinha fedida que colocavam para matar a todos (todos mesmo, inclusive as crianças e quem estava dentro de casa), as baratas, a limpeza da casa na hora de ir embora, etc, etc, etc...

                Tá bom né? Depois conta o seu trauma com o litoral Sul pra gente lá nos comentários... rsrs

                O caso é que depois de grandes (pra cima e pros lados) decidimos desmistificar essa parada de trauma com o litoral Sul, por isso, resolvemos dar uma passadinha na nossa recém-descoberta: O Parque da Juréia, em Peruíbe.

                Em plena quarta-feira, o lugar estava assim, digamos, DESERTO. Porém, acredito que em um final de semana comum a coisa deve esquentar, pois tem certa estrutura para receber pessoas... Um bar, uma linha de ônibus e tal...

                Mas como eu sempre digo, qualquer lugar que te fez sair de casa por algumas horas e abriu seu caminho para o novo é digno de ser contado... Essa é a nossa quarta viagem do ano e não poderia faltar a descrição por aqui... Portanto, chega de lenga-lenga e vamos conhecer o trajeto:

                Para chegar ao Parque da Juréia, dirija até o centro de Peruíbe pela Imigrantes e em seguida pela Rod. Padre Manoel da Nobrega... Fique atento às placas indicando a entrada para Peruíbe!

                Chegando no centro, localize a Av. Santos Dumont e siga em frente, ela vai virar Rua Dalmar da Costa... Não... Você não está perdido. Você está mesmo indo em direção ao morro rsrs

                A Rua Dalmar Costa termina em uma curva e neste ponto já estamos na Rua Rachel Khoury Duboc de Almeida... Por no máximo cinco metros nesta rua, você já vai ver a entrada da Estrada do Guaraú. Este é seu acesso à cachoeira do Perequê!


Foto: http://fuiacampar.com.br/roteiro-pelas-praias-da-estacao-ecologica-de-jureia-itatins-sp/


                Na realidade esse era o dia que enfrentamos kkkk:



                Pelo menos na quarta-feira, pudemos estacionar o carro numa boa sem a cobrança de qualquer taxa, mas se você decidir ir num final de semana leve uns trocados a mais, poderá lhe ser útil...

                A queda d’água não é enorme (na verdade é  mais uma corredeira do que uma queda d’água, mas... kkk) nem a mais linda que já vi (acreditem quando eu digo que nas próximas postagens vocês verão o que é lindo de fato nesse Brasil...), mas ela forma um poço que da pra tomar banho e pra dar uns pulos com o auxílio de uma corda amarrada na árvore justamente para este fim... (sim, pode brincar de Tarzan a vontade...).




Se você preferir ficar mais perto das pedras, só curtindo uma águinha correndo, tem a possibilidade de ficar após a queda d’agua, que não é forte nem nada... Mas já da pra se refrescar.



Enquanto eu escrevia, estava tentando me lembrar dos detalhes deste dia e algo me ocorreu... NÃO SE ESQUEÇAM DO REPELEEEEEEENTE!!!! Gente, sério, descemos do carro e uma infestação de pernilongos, borrachudos, percevejos, seja lá o que era aquilo, apareceu. E não era normal não... Era um grupo de assassinos mutantes!!! Foi instantâneo e bem atrás da gente!

                Sorte, mas muita sorte mesmo que levamos o repelente e tudo ficou bem... (apesar dos ROXOS nas pernas e nas costas que levamos pra casa e que não postarei aqui, porque né...).

                HAHAHA falando assim vocês vão dizer... Lembra do trauma de infância? Não quero levar pra vida adulta não! Mas gente, não me entenda mal... Adversidades têm em todos os lugares, isso foi mero detalhe, o lugar agradou bastante!



                Na hora de ir embora, resolvemos sair da estrada e seguir uma placa que dizia “Prainha”. Uma ótima escolha, pois caímos em uma praia bem bonita (mesmo com a cor acinzentada do litoral Sul)...

                Estava vazia, na realidade a dividimos apenas com alguns pescadores que estavam por lá. Praia de mar agitadinho, sem buracos no caminho, bem tranquila!






                De quebra tem algumas rochas que você pode subir e ficar de boa olhando para o mar até cansar...



                O que nos espantou foi a chuva, que veio de repente (apesar do dia ter amanhecido cinzento), mas que fez a gentileza de parar para comermos... Ah! E falando em fome, a comida ficou por conta de um quiosque fora da praia, no centro, com porções relativamente baratas e muito gostosas por sinal.

                Existem outros pontos na estrada do Guaraú que deixamos de visitar pelo tempo, mas que podem ser interessantes...

                Para uma quarta daquelas que você olha pela janela e a melhor decisão é dormir de novo, a cachoeira do Perequê agradou, arrepiou, congelou e tirou três doidonas de casa no frio e com ameaça de chuva... Em outras palavras, ela vale a pena!

                Quando estiver no litoral Sul, dê uma esticadinha até ela para tirar o sal do corpo...

                Até a próxima J