segunda-feira, 25 de agosto de 2014

# 4 Águas da Prata (SP) & Poços de Caldas (MG)


Ebaaaaaa!!!


Começamos devagar, mas voltamos a ter viagens este ano!! :D


É com GRANDE alegria que lhes apresento o quarto roteiro visitado no ano de 2014 por mim, pela Tati e pela nossa querida aventuguerreira, Trovão Azul... (queria de verdade que já estivéssemos no mínimo no oitavo roteiro, mas, vamos caminhando)...

Descobri Águas da Prata não pela água engarrafada que sempre via nas prateleiras do Zaffari nem por ter ouvido algum comentário a respeito (como muitas vezes acontece), mas pesquisando sobre asa delta. Sim, alguém que nem de altura gosta (lembrem-se do post sobre Pedra Bela) pesquisar sobre asa delta é no mínimo esquisito, mas tenho alguns motivos:

 è  1º: ao contrário do que todos pensam, eu sou SUPER corajosa... Aquilo que aconteceu em Pedra Bela foi só uma encenação... A realidade é que eu estava fazendo o meu TCC EM TEATRO, enfim...; J

 è  2º: eu sempre penso na Tati e imaginei que ela iria gostar de pular (ETA DEDICAÇÃO); e por último, mas não menos importante...

 è  3º: Agora é sério, apesar do medo, tenho a maior vontade, mesmo isso me custando meu coraçãozinho (que pode parar a qualquer instante, ou bater tanto a ponto de explodir hihi)

E nessa busca desenfreada por adrenalina, encontrei um site listando os melhores “picos” para se lançar morro abaixo, eis que um dos tópicos da lista era a cidadezinha objeto de nossa aventura de hoje.

Águas da Prata, resumidamente, é a “ponte” entre São João da Boa Vista e Poços de Caldas (Minas Gerrrrrais sô). Fica bem na divisa de Estado e se você parar um pouquinhozinhoquinho nela, vai se surpreender.

Quando liguei no hotel para fazer minha reserva, a dona, muito prestativa, me informou que a cidade possuía nada mais nada menos do que OITENTA E SETE cachoeiras! Gente, fiquei absolutamente pasma!

Uma cidadezinha com 7.500 habitantes ter 87 cachoeiras era uma coisa quase que impossível da minha mente processar, tanto que restando uns 4 dias para viajarmos, sonhei com uma cachoeira de ondas (isso é sério, era quase um tsunami em forma de cachoeira), faltando 2 dias para a viagem sonhei com uma praça de cachoeira (e eu molhava meus pezinhos em suas águas) e faltando um dia resolvi parar de sonhar com água para não fazer xixi na cama, claro!

No grande dia fizemos o seguinte caminho:


Rod. Dos Bandeirantes> Rod. Anhanguera> Rod. José Roberto Magalhães Teixeira> Rod. Dom Pedro I (gente, pelo amor de deus, aqui é sentido NORTE)> Rod. Gov. Dr. Ademar Pereira de Barros> Rod. Deputado Mário Beni> Rod. Vereador Rubens Leme Aprino> Rod. Dr. Gov. Ademar Pereira de Barros (novamente) e finalmente.... tchan tchan tchan tchaaaaaan ÁGUAS DA PRATA...

            Se vocês repararem bem, pegamos infinitas (OITO) rodovias! Por este motivo passamos por váááááárias cidades paulistas nesse trajeto [inclusive algumas que eu nunca tinha ouvido falar em toda minha existência, tipo Estiva Gerbi (oi???)]. De acordo com o google maps, era o melhor caminho e ainda segundo o meu GPS favorito (e único) a viagem demoraria em média 2h58 min... E fizemos mais ou menos nesse tempo... Talvez uns 2 minutos a mais, não sei ao certo...

            O fato é que somos tão chiques que ficamos no ÚNICO hotel da cidade com hidro kkkkkk precisei falar isso porque está escrito um “c/ Hidromassagem” em letras garrafais na fachada do hotel... (tentei conseguir uma imagem disso pelo google, mas infelizmente não rolou L).

            Chegamos, nos acomodamos e já partimos para a peregrinação. Mas espera... Hey! Você! Sim, você que está lendo! Por acaso você viu 87 cachoeiras por aí? Não? Uffffa, que sorte, pensei que tinha sido só a gente que procurou e não achou...

Enfim, é isso mesmo pessoal... Não encontramos as 87 cachoeiras... não, também não encontramos 80, tá, nem 60... 30? Não também... E o que podemos dizer de 10? Kkk NÃO! 5??????? Ok ok, vamos ao numero real: Em Águas da Prata, vimos um total de... DUAAAAAAS cachoeiras! DUUUUUUAS. Pronto! Acabei com a expectativa logo de cara porque não me aguento e não sei fazer muito suspense.

Minha viagem legal estava indo por ÁGUAS DA PRATA ABAIXO, mas graças ao otimismo da Tati acabei me acalmando e fomos atrás do que realmente importava: Cenas bonitas para registrar, guardar na memória e mostrar aqui no blog num futuro próximo (agora)... J

Mas gente, antes de mais nada, não pensem que não existem todas essas cachoeiras em Águas da Prata... Existe sim (pelo menos boa parte delas), porém, a grande maioria encontra-se em propriedades privadas e você paga para deslumbrar da gratuidade da natureza. A secretaria do turismo cobra valores altos para que você faça um passeio mata adentro e quando eu digo altos são de R$ 60,00 a R$ 100,00 por pessoa para entrar (o maior valor de jipe) em algumas propriedades. E na boa, R$ 200,00 em meio dia de passeio não convinha. Nós temos a consciência de que quando se paga para entrar, TALVEZ, as pessoas respeitem mais o lugar e tal, mas R$ 100,00 custou praticamente nossa diária em Trindade! Portanto, resolvemos fazer o que dava e partir pra Poços de Caldas...


E fazer o que dava nos levou diretamente para uma estradinha com destino ao famoso Pico do Gavião (talvez a maior atração da cidade)... No caminho do Pico nos deparamos com a Cachoeira Ponte de Pedra, que é uma pequena queda d’água onde não se faz necessário grandes aventuras para encontra-la. Estacione a moto (ou o carro) e dê uns 10 passos a frente e VOILÀ! Chegamos! :D




Após uns 15 km de estradinha de terra, faltando apenas 3 km para chegarmos ao pico, algo inesperado aconteceu! Praticamente um mar mediterrâneo se estendeu em nossa frente e infelizmenteeeeeeee não conseguimos atravessar e ver de perto as belezas que nossas vistas poderiam enxergar do alto do Pico do Gavião.... =((((





Pode não parecer, mas  acho que para a Trovão isso aí é muito fundo! Ficamos com medo de passar, confesso, mas estávamos sem sinal de celular, a 15 km da cidadezinha e a 239 Km de São Paulo, não dava pra se arriscar tanto... L Sou mãe dela gente, me julguem.....

Me julguem mas não fiquem tristes! O google ajuda em tudo... Vejam abaixo um pouquinho do que perdemos... =(

                          Fonte: http://www.flybrazil.com.br/ondeestamos.htm


Tá, tá, nem é grande coisa, por isso voltamos pelo mesmo lugar que chegamos e no meio do caminho cruzamos com uns caras do motocross que certamente passariam pelo Rio Pinheiros ali acima... Não pude deixar de sentir uma pontinha de tristeza por ter uma moto baixotinha naquela ocasião...

A essas horas eu já estava totalmente decepcionada com o fato de não ter 87 cachoeiras e por não ter êxito na jornada até o Pico do Gavião e o que fizemos? O que toda pessoa decepcionada faz ué... Sentamos e comemos... hehe

E incrivelmente comemos 2 salgados, uma coca de 600 ml e um sorvete numa padaria da cidade por R$ 10,00. Isso me animou uns 20%.

Apostando nossas últimas fichas antes de rumar à Poços, encontramos uma cachoeira bem conhecida por lá chamada “Cascatinha”.

Aí as coisas melhoraram. A queda d’água é pequena, porém, muito charmosa. Conseguimos boas fotos no local e passamos pelo menos uns 40 minutos lá antes de cruzarmos a fronteira entre São Paulo e Minas *-*







Chegando em Poços de Caldas, paramos rapidamente, atraídas por churros (Tati) e crepe de chocolate (eu) e já seguimos para o mirante onde mora a estátua do Cristo. É dali que você consegue ver que Poços é uma cidade relativamente grande perto das demais em que passamos... Além de tudo, o pôr do sol dali de cima é sensacional...



            E por lá ficamos até a noite, apreciando a vista e sentindo o congelante frio do Sul mineiro...

        De volta à cidade, paramos na praça central tomada por turistas (e obviamente moradores também), ambulantes, artistas e cachorros... E observando por alguns bons minutos o movimento noturno (e os casais dançando no meio da praça) fomos atraídas por uma fumaça dos deuses... Uma fumaça que nos carregou até... A LANCHONETE DO ALEMÃO. Hahaha

        Obviamente estava falando de comida como vocês poderiam prever, e minha nossa senhora dos estômagos vazios!!! Que lanche é aquele sô?

        Nunca, em toda a história da minha vida vi um lanche tão grande. Para se ter uma ideia, os proprietários da lanchonete lançaram um desafio que NINGUÉM conseguiu vencer até hoje. O lanche possui nada mais nada menos que DEZ HAMBURGUERES e mais uma infinidade de presunto, queijo, ovos, bacon, saladas e mais saladas... Quem tiver oportunidade de conhecer e tiver e a fome necessária, aceite o desafio e coma o lanche sem pagar... Você será o novo REI (ou RAINHA) do mundo da alimentação de rua!!!

            Na manhã seguinte...

        ...o dia amanheceu bonito, e domingo é dia de fazer programas de tia (tias, vocês são sensacionais sempre, não levem a mal), portanto, fizemos o que? O que? O que? Siiiiiiiim minha gente, minha atividade favorita no quesito passeio de tia: PEDALIIIIINHO :DDDDD


            A felicidade é real, reparem... :D




            De lá, conhecemos a Cascata das Antas, uma cachoeira bem legal, por um motivo curioso: Ela fica bem ao lado da atual hidrelétrica de Poços de Caldas, que também abriga a primeira hidrelétrica de Poços, fundada em 1898. As ruínas em si me atraíram até mais do que a própria cascata, mas simplesmente pelo meu gosto por filmes de terror... E florestas, cabanas e ruínas sempre fazem minha imaginação pensar em cenas de filmes aterrorizantes... hehe 



Saindo da Cascata subimos novamente pelo morro de acesso ao Cristo e antes de chegar ao final entramos numa outra passagem onde uma placa indicava a “Pedra Balão”. Esta é uma outra atração bem conhecida em Poços. A Pedra Balão também fica em um local, eu diria, civilizado. Digo isto, pois há estacionamento, uma lojinha e uma lanchonete no local. E pelo o que entendi também mora alguém lá em cima.

Na paisagem, o que se vê são pedras dispostas de uma maneira curiosa e que segundo dizem, foram arquitetadas apenas pela mãe natureza...  O único detalhe é que ela se esqueceu de colocar uma escada para que nós, humanos, pudéssemos nos aventurar em cima dos seus aproximados dez metros de altura, portanto, nós, os mesmos humanos, auxiliamos a mãe Natu com uma mãozinha nesse trabalho... Dito isso, simmmm, os aventureiros das alturas podem sim subir na pedra e tirar infinitas fotos na pose “Cristo Redentor”.


E falando nisso, por que raios as pessoas só tiram fotos de braços abertos? Neste quesito eu e a Tati inventamos a nova sensação para fotos em paisagens: a pose Estátua da Liberdade... hehehe é, nós sabemos, é meio americanizado e tal, mas estamos cansadas de tantas fotos iguais... O único problema é que ficamos com um pouco de vergonha de realizar esta proeza em meio a tantos Cristos Redentores que ali estavam, mas, já que a ideia se tornou pública a partir de agora, ficaremos felizes em ver futuras publicações com poses mais criativas tá? hehehehe



A vista do alto da pedra ultrapassa as árvores e com o tempo favorável, temos uma vista mais ou menos assim: 



Fora o caminho até lá que é FANTASTIC! (E a noite deve ser fantasmagórico)...




Até o final do dia ficamos em Poços e sem demoras porque o tempo é curto e antes de partir visitamos uma espécie de parque que guardava em seu interior a cachoeira Véu das Noivas, mais ou menos como o que visitamos em Extrema. Analisando friamente, o argumento da secretaria do turismo de Águas da Prata para as cachoeiras ficarem em propriedades privadas é que assim as pessoas preservariam o meio ambiente de forma que se estivessem à disposição pública isso não aconteceria. Ora, pra mim a realidade na verdade é outra, os proprietários destas terras usam o patrimônio público e natural como fonte de renda e é isso que não consigo engolir... Se a intenção real fosse a preservação, as pessoas poderiam andar mata adentro sem pagar taxas para cruzar as porteiras como é feito nestes parques... Mas, enfim, foi só um desabafo... hehe








Quem visitar Poços e tiver interesse em coisas mais variadas, pode gostar de passear pela Praça Getúlio Vargas. Lá existe um relógio floral que marca a hora certa e apesar dos ponteiros serem de metal, seus números e demais partes são compostas por flores, plantas e grama. É bem bonito de se admirar, além de ser considerado um ponto turístico da cidade, nós apenas passamos por ele.

                                          Fonte: http://www.editoraexpedicoes.com.br/inside/wp-content/uploads/2013/01/relogio.jpg


           Ainda no quesito jardinagem, se houver tempo, visite o Recanto Japonês, localizado no bairro Jardim dos Estados... É um jardim oriental que apesar de não termos conhecido pessoalmente, muitas pessoas indicam como parada obrigatória... Nele você encontra um lago artificial com carpas coloridas, a fonte dos três desejos (que simboliza amor, dinheiro e sabedoria), quiosques e uma Casa de Chá, fora a paisagem, que como podemos ver, não deixa NADA a desejar... J

                                          Fonte: http://www.descubraminas.com.br/Turismo/CircuitoDetalhe.aspx?cod_circuito=48

             
           Agora, como de costume, vamos aos precinhos desta viagem:


è De gasolina, a Trovãozinha vai que vai então gastamos R$ 25,00 de ida + R$ 25,00 de volta... Pra andar pelas cidades durante estes dois dias, foram mais uns R$ 10,00;

è O hotel, como já disse, o ÚNICO e em letras garrafais, com hidro, R$ 120,00 com café da manhã;

è Comida: Lanchonete do Alemão na praça principal de poços, com lanches de todos os preços e NENHUM deles você passa fome, garanto; No domingo, comemos em um restaurante "Coma a vontade" de R$ 12,00 o prato + R$ 2,00 pela coca, baratissimo...; *-*

è Pedalinho: R$ 15,00 o carrinho. 


Agora, vamos aos fatos: Não dá pra ir pra Minas e não trazer doces e cachaças (quem curte), portanto, leve um pouquinho a mais (eu sei que vocês vão levar) pra aproveitar tudibaum que tem por lá. Outro fato: Não seja doido dos tomates como eu e a Tati, que viajamos para fazer compras no supermercado... O preço do tomate estava dos deuses gregos da colheita feliz, aí aproveitamos pra voltar com as mochilas cheias hahahaha

E com isso, ficamos por aqui...

Até breve! :)