terça-feira, 20 de janeiro de 2015

#1 Prainha Branca - Guarujá/SP


                Primeira viagem de 2015, chegamos!

                Como no ano de 2014 não conseguimos cumprir a meta de viagens, este ano fiz um negócio mais organizado e mais bem planejado. Já estamos com data marcada para as viagens de Janeiro a Abril e isso faz com que existam metas mais concretas do que apenas dizer: “Vou fazer 12 viagens”.

                E já estou convencida de que vai funcionar, pois a primeira viagem desta lista se concretizou em 11/01/2015: Prainha Branca, no Guarujá.

                Esta é a terceira vez que passo por este lugar e a primeira coisa q tenho a dizer é que esta praia pode e deve ser visitada várias vezes, pois vale muito a pena...

                Primeiro porque obviamente é linda. Segundo porque é perto e quando é perto você automaticamente gasta pouco e terceiro, mas não menos importante, é uma boa oportunidade para quem 1) gosta de trilha, 2) gosta de mar (claro), 3) gosta de cachoeira e 4) não gosta de ondas, mas gosta de praia.


                E digo isso porque ao chegar ao chegar ao centro de Bertioga e pegar a Balsa que atravessa para o Guarujá, o acesso à praia é feito exclusivamente por trilha (ou por barco, então esqueça seu carro mundano por lá.... rs). A trilha dura cerca de 15 minutos para os apressadinhos e uns 30 para os mais lentos, mas ela é totalmente acessível, conta com corrimões improvisados de madeira e o caminho é bem sinalizado por ser de pedras, ou seja, não dá pra errar. 


A chegada à praia pede um banho de mar na hora! Mas, escute a titia aqui: a parte com ondas contém bastante buraco, fiquem atentos!



                Como eu mencionei ali em cima, a Prainha Branca tem encantos para todos os públicos: Se você não gosta de ondas, mas curte tomar um banho de mar, caminhe para o lado direito da praia e você verá uma ilha. Próximo à ilha você verá uma espécie de piscina natural, onde, confesso, sempre fico praticamente o dia todo.

Fonte: http://chickenorpasta.virgula.uol.com.br/2015/as-boas-do-final-de-semana-em-sao-paulo-09-01/

                Também próxima à piscina, existe outra trilha, que tem como destino as praias “Prainha Preta”, “Camburizinho” e uma Cachoeira.

Fonte: http://www.guarujagora.com.br/onde-ir/praia-preta-e-deserta/

                 Para chegar na Prainha Preta, você tem mais uns 20, 25 minutos de trilha. A praia, de ondas fortes e poucos turistas é uma ótima opção para quem curte um camping digamos... Mais “selvagem” rs

                O que, aliás, está PROIBIDO na prainha. O local tem muitos campings, pousadas e chalés e uma vez a prática do camping selvagem legalizada, eles iriam à falência, certo? Mais ou menos, mas quem sou eu pra dizer algo né... Portanto a última vez que fui (11/1/15), os lugares que concentram mais pessoas estavam com faixas em letras garrafais informando a proibição pela POLÍCIA MILIAR... Entretaaaaanto... As duas primeiras vezes que fui, acampamos clandestinamente na praia, junto com mais dezenas de barracas estendidas na areia. Foram dois dias muito doidos. Com muita aventura (aranhas gigantes assassinas), muita adrenalina (“fiscais” da praia avisando q não podia acampar ali) e muita emoção (pizza de areia, pão com mortadela e 3 litros de Coca-Cola quente), além de uma fogueira maneira que aprendemos a fazer.



                Nesse último fim de semana levamos sanduíches e muita água gelada para passar o dia, mas as lanchonetes (quiosques, restaurantes... Não sei direito como chamá-las) não possuem preços tão abusivos quanto comprar uma porção na praia da Enseada, também no Guarujá.

                As porções custam em média R$ 30,00 no Larica’s, que é o bar mais conhecido da Prainha e a cerveja custa em média R$ 5,00. Mas não espere um ótimo atendimento. Os caras são metidos a donos da praia e te atendem do jeito que bem entendem. A fila é monstruosa já que a cada um cliente atendido o rapaz do caixa para pra conversar com alguém de dentro da cozinha... É surreal a demora, portanto, melhor evitar.

                Os campings custam a partir de R$ 20,00 por pessoa (você leva a barraca) e as pousadas costumam fazer pacotes para o fim de semana. Nós queríamos chegar sábado e voltar domingo, eles cobram a partir das 18:00hs da sexta às 18:00hs do domingo, um valor de R$ 250,00 sem café da manhã. Claro que devem ter opções mais baratas, o lance é pesquisar.

                Voltando às trilhas, após a Prainha Preta, continuando mata adentro, temos a praia de Camburizinho. Esta eu não visitei em nenhuma das três vezes que fui, mas dizem que o caminho até lá dura cerca de 30 minutos. Para a cachoeira, o caminho pode chegar a 1:30hs a partir da Prainha Preta. Selecionei as fotos abaixo da internet pra gente ter uma noção do lugar... 

Praia do Camburizinho - Fonte: http://euprecisodisso.com.br/?p=1259
Cachoeira Prainha Branca - Fonte: http://www.minube.com.br/fotos/sitio-preferido/979281/6301621

Cachoeira Prainha Branca - Fonte: http://www.minube.com.br/fotos/sitio-preferido/979281/6301621


                Se você pulou, nadou, correu, fez tudo o que tinha que fazer na praia durante o dia e não aguenta nem pensar em pegar a trilha pra voltar pra casa, que tal voltar de barco? No fim da tarde, próximo à piscina natural aparecem vários barcos-taxi que fazem a travessia para Bertioga, ou seja, não precisa nem pegar a balsa novamente... O valor é R$ 15,00 por pessoa e o passeio é muuuuuito legal! =D



                E as dicas são: 

              Se vai de carro, deixe-o em algum estacionamento em Bertioga, isso vai lhe custar R$ 20,00 a diária para uma área descoberta ou R$ 30,00 em uma área coberta. Digo isso, pois se pegar a balsa de carro, vai pagar R$ 10,00 na ida e mais R$ 10,00 na volta e vai deixar o carro na rua. Enquanto se deixar, paga os mesmo R$ 20,00 e fica com a mente tranquila o dia todo. No final você ainda pode usar o chuveiro e o banheiro do estacionamento, muito mais vantagem. (A pé não paga a balsa).

                O roteiro mais tranquilo até lá é pela Imigrantes. Vá sentido Guarujá e siga as placas que indicam o caminho à Bertioga. No centro de Bertioga, pegue a balsa e atravesse até o Guarujá. As placas indicarão o início da trilha à prainha.

            Rachamos o combustível em cinco pessoas e desembolsamos R$ 12,00 cada. Pedágio dividido deu R$ 4,00 (e pouco) pra cada na ida. E menos de R$ 1,00 na volta. R$ 20,00 do estacionamento (também dividido - R$ 4,00 pra cada) somando um montante de R$ 36,00 já contando  barco da volta, ou seja, vá com amigos! (não só por isso né kkkkk) 

                  Só mais um detalhe: Aproveite e leve um óculos de mergulho ou natação... Em determinadas épocas até rola uma água mais cristalina... rs

O que não aconteceu na última visita rsrs [água escura, escura, escura... =( ] 


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

#5 São Thomé das Letras


            Quem nunca ouviu falar sobre a mística cidade de São Thomé das Letras em Minas Gerais que atire a primeira pedra. É impossível! Todos os seus amigos, sejam eles naturebas ou não já devem ter ido e falado muito bem pra você.

            E quando essas indicações acontecem, só resta uma opção para quem gosta de desbravar novos locais: Conhecer!

            E num belo 05 de Dezembro de 2014, prestes a finalizar o ano sem cumprir a meta de 12 viagens em 1 ano, resolvemos chegar e conferir todos os mitos e histórias malucas que contam por ai sobre a cidade.

            A primeira curiosidade interessante da cidade é que ela é TODA feita de pedras: casas, ruas, calçadas e artesanatos (as tábuas de cortar carne e legumes também são de pedras... E melhor, se precisar de uma, pode pegar na rua mesmo, não dá nada não kkkkkkkk).

            A palavra artesanato apareceu ali em cima no texto e não foi por acaso. A principal fonte de renda de muita gente na cidade é a arte e todas as suas variações: desenhos, música, enfeites, bebidas artesanais, cabelos modificados... Uffa! Respira-se arte em São Thomé, e a simplicidade das pessoas é ainda mais interessante de se ver, principalmente em um mundo globalizado, capitalista e altamente tecnológico (que não sou contra, como muitos sabem).

            A diferença desta para as outras viagens é que foi a primeira vez que eu participava de uma “excursão” e este fato me deixou um pouco presa ao horário de outras pessoas. Não que tenha sido ruim, mas com a trovãozinha em mãos eu teria conhecido mais pontos da cidade com certeza.


            E falando em pontos da cidade, caso o viajante chegue de madrugada (como nós chegamos) poderá contemplar um lindo nascer do sol nos locais mais altos da cidade. Sério, tem quem ache que isso é perda de tempo e tal, mas procure na internet, tem fotos maravilhosas e a sensação de paz é compensadora...







            Após o café da manhã, seguimos para a primeira visita do dia. Pegamos um ônibus que leva o turista para alguns pontos bem interessantes e comecei a me apaixonar a partir deste:


Poço das Esmeraldas (Ou poço verde, cada guia disse um nome kkk)








            Um poço de aproximadamente 40 metros de profundidade, com água limpinha, limpinha formado no alto de uma montanha onde antigamente funcionava uma pedreira. Sabe nadar? Então pula! Não sabe? Molha os pezinhos na encosta do poço e admire (com recalque like me) quem manja ser um peixe... kkkkk

Legenda da foto: Não sei tirar o casal dali... 

            Ahhh um detalhe importante: Sabe o que acontece com quem fica recalcado na brincadeira dos outros? Quando aparece uma oportunidade de fazer algo emocionante ele logo agarra e quer fazer... Aí, a brincadeira pode acabar nisso:


Gruta do Labirinto

Lembrem-se: Estamos numa excursão... rs




            Quem se aventura em uma gruta ou caverna, deve ter em mente que:

    
    1)    Você não pode ter medo de lugares fechados;

    2)    Também não pode ter problemas respiratórios muito graves, pois lá embaixo tem muita umidade e tal...;

    3)    E por último, mas não menos importante, não pode ter medo, nem pavor, nem horror, nem princípios de morte no caso de encontrar algum animal que pela sua natureza deveria habitar este local.


Particularmente, o primeiro e o segundo item nem me abalam. Agora, o terceiro, esse é carregado de motivos pra eu estar contando essa história pra vocês de dentro de um caixão equipado com wifi ou da minha estadia no céu... Eu tenho medo, pavor, horror e todos os outros derivados possíveis e imagináveis desta palavra.

E obviamente eu não poderia ter voltado pra SP sem novidades, certo? Então fui arrumar sarna pra me coçar.

Em um determinado momento, quando a passagem para o fim do túnel estava se estreitando, eis que me deparo com um inimigo mortal (pra mim):

Um SAPOOOO! Daqueles enormeeessss.... T.T

Nessa hora descobri que na gruta não tinham morcegos, pois gritei, esperneei e por pouco não chorei e eles não vieram voando na minha cabeça como nos filmes, mas todo mundo passou pelo sapo menos eu! E ele me olhando, mais assustado do que eu, tentando subir pela parede me fez ter um ultimo pingo de dignidade e passar por ele, assim, do ladinho, muito perto, correndo o risco de ele pular em mim e eu morrer de vez. =’(

Como se não bastasse um sapo, no final do passeio da gruta encontrei com mais um de frente, porém, corajosa, passei por ele sem grandes escândalos...

...Após este episódio, visitamos a primeira cachoeira da viagem, a “Cachoeira da Lua”. Esta, com profundidade beeeem menor do que o poço, de mais ou menos três metros nas proximidades da queda d’agua.

O legal da Cachoeira da Lua, é que alguém colocou uma corda pendurada em uma árvore e o visitante pode se aventurar como um Tarzan da vida real e cair bem no meio do poço... Pra quem não entra na água, o mais legal é ver a primeira tentativa da galera, cara, como é engraçado! Uns vão e se esquecem de pular, voltam e caem na água de qualquer jeito, outros pulam antes, outros não ficam totalmente suspensos na corda e na ida já esbarram na água rasa... Cara é sensacional... aushaushausuas





            Quem curte uma emoção maior tem também um nível mais alto de uma árvore (com acesso fácil) que possibilita ao visitante pular de uma altura maior na lagoa formada pela cachoeira.

            Saindo de lá, fomos pra parte gorda da viagem, o almoço. Um restaurante chamado “Churrascaria Fazenda Boa Vista” de preço único (a R$ 20,00) e comida a vontade com churrasco.

Eu particularmente não curti muito, de longe já comi comidas mineiras melhores (bem melhores, sempre digo o quanto sou fã da culinária mineira), mas deu pro gasto... Deu pra ficar sem fome até a noite praticamente. Porém, não tenho como negar o quanto gostei do garotinho que estava atendendo. Um fofo! Devia ter uns 14 anos mais ou menos, mas a pura simpatia, muita educação e boa vontade... *-*

Depois das barriguinhas cheias, fomos para outra cachoeira (linda por sinal) chamada “Vale das Borboletas”.

            Logo quando entramos na área da cachoeira, temos a opção de ficar mais próximo à queda d’água ou de entrar na mata (aberta, tranquila)...





            Entretanto, certifique-se de ir até a lagoa proporcionada pela cachoeira e vê-la de baixo... A beleza dela está toda lá embaixo:







            A noite em São Thomé é bem gostosa... Na igreja matriz da cidade é possível escolher em qual dos vários bares você vai se sentar e tomar uma cervejinha (ou qualquer outra coisa que queira), se a preferência é a rua, dá pra ficar sentado nela também... O melhor de tudo: as coisas não têm um preço abusivo como estamos acostumados aqui em SP, então, aproveite! :D

            Quem se lembra dos locais altos da cidade lá do começo deste post? Sim, eles são ótimos para visitas matinais também, não precisa ser só ao nascer ou pôr do sol... E o primeiro em que fomos foi a “Pedra da Bruxa”. A subida à pedra é bem tranquila, as rochas formam quase que uma escada para o turista escalar. Suba sem qualquer dificuldade que a vista é linda.



Pedra da Bruxa


            Mais linda ainda é a vista do alto da formação rochosa que fica em frente a Pedra da Bruxa. A disposição das pedras deste lado forma o cenário perfeito para ótimas fotos. Neste ponto, tivemos muita sorte por termos presenciado o voo (e toda a graça) de um tucano entre as árvores morro abaixo.



            Como se não bastasse encontrarmos toda a beleza e a paz neste lugar, ele ainda nos forneceu um caminho de pedras que chegava bem de encontro com uma terceira construção de pedras, desta vez feita pelo homem e conhecida como Pirâmide... Sente lá por algumas horas e contemple o pôr do sol...





            No domingo como nosso tempo era curto preferimos nem almoçar e migramos depressa para a tão famosa Ladeira do Amendoim...

            “Tão famosa, mas nunca ouvi falar”, você pode estar pensando... Então a tratarei de outra forma... A ladeira que é capaz de puxar um carro desengatado morro acima... Lembrou? Sim, né? É a coisa mais doida que já ouvi falar e como encontramos uns amigos que estavam de carro, fomos até o local conferir essa maluquice.



            Reza a lenda que o fenômeno acontece por conta de um forte campo magnético existir no local e as forças deste campo puxam o carro morro acima se estiver em ponto morto... Caso você corra de costas na ladeira, você também pode experimentar efeitos psicodélicos no fim da corrida... Essas e outras várias histórias são contadas no local por guias, moradores e visitantes todo o tempo, o que torna a visita mais empolgante...




            Bom, há quem acredite nisso ou não e como eu detesto ser portadora de más notícias, fica a critério de cada um clicar nesse link e conhecer a explicação “científica” para este mito popular. O que posso dizer é que corremos feito doidos na ladeira, falamos um pro outro que estávamos muitcho doidos, mas na real, a única coisa que aconteceu foi um fortalecimentozinho básico nas pernocas e um canseirinha rápida.

            O saldo desta aventura foi positivo, mas fomos embora com um gostinho de “precisamos voltar aqui...” Seja pra conhecer os outros váááários pontos que não vimos, seja para aproveitar o nascer e o pôr do sol no alto das pedras ou seja para apenas pegar a estrada de moto e nos sentirmos mais livres... hihi

            Quem organizou a excursão foi meu amigo das antigas Filipe... Ele organizou tudo certinho e cobrou apenas R$ 200,00 pelo transporte e pela pousada com café da manhã. Achei um ótimo preço!

            Como já disse acima, nosso almoço custou R$ 20,00 com direito a churrasco e a repetir quantas vezes sua fome permitisse. Um preço legal considerando a quantidade... a comida, razoável... (também já mencionei, eu sei)...

            Comprei duas pinguinhas da boa por R$ 7,00 cada e um chaveiro por R$ 4,00 (não dá pra entender muito a lógica dos preços lá).

            Tomamos tantas cervejas a noite e pagamos APENAS R$ 13,00 cada um (estávamos em cinco na mesa)... Valeu a pena demais, claro!

            Todo o passeio do sábado nos custou R$ 20,00 (gruta, poço e duas cachoeiras).

           O total desse passeio que começou na sexta e terminou no domingo foi de R$ 240,00 (fora as coisas que comprei lá que não tem nada a ver com a viagem em si...) um preço lindo de se ver e de se gastar, convenhamos...

            Então, tá ai sem fazer nada? Pega sua toquinha do reggae e corre pra São Thomé sô! :D