Alguém aí já está cansado de
Minas? Espero que não, porque Minas tem uma quantidade impressionante de
municípios “visitáveis” (e para quem não sabe, é o Estado que têm mais
municípios no Brasil, ganha até de São Paulo, com 853!).
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Além disso, já antecipo que em
Fevereiro teremos mais um passeio por lá, dessa vez um pouquinho mais longe,
poréééém, isso é assunto futuro, hoje vou falar um cadinho de Monte Verde (♥♥♥).
Confesso que fiquei um pouco
triste em publicar essa viagem, mas aí você vê o poder de algumas coisas né?!
Vi esta imagem no Facebook (sim, o facebook quase sempre desanima, mas às vezes
também pode ter o efeito contrário rs) e decidi passar pelas adversidades e
publicar a viagem completa:
Fomos pelo primeiro motivo, mas pra
escrever essa segui o terceiro conselho kkk
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Bom, então vamos ao nosso destino!
Localizada ao Sul de Minas Gerais, bem pertinho da divisa com
São Paulo, Monte Verde não chega a ser uma cidade propriamente dita, é um
distrito localizado no município de Camanducaia.
O engraçado é que ao chegar à Camanducaia e ver as placas
indicando o caminho para monte verde, as únicas coisas que você vê a frente são
mesmo “Montes Verdes” que parecem que não vão dar em lugar algum. Eu mesma
fiquei desconfiada, mas me apeguei às fotos que vi na internet para não desistir
de conhecer o lugar.
E no sobe e desce de montanhas, em meio ao clima gelado
(mesmo saindo de São Paulo num calor infernal) depois de alguns minutos nos
deslumbrando com a beleza natural que cerca Monte Verde, enfim, chegamos J.
Legenda:
Sim, lá ainda é natal rs
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Como somos preguiçosas, saímos
de casa por volta das 9 horas da manhã (não vamos mais viajar a noite para
lugares desconhecidos! Para entender clique aqui) e chegamos perto do
horário do almoço. Fizemos o reconhecimento do centrinho, olhamos alguns
restaurantes e lojas até dar meio-dia e finalmente escolhemos nosso primeiro
ponto de parada, o Restaurante Ribas.
Um pequeno self-service de
comida maravilhosa que fornece refeições com o verdadeiro temperinho mineiro de
que eu tanto falo. O saldo foi muito positivo, adorei! Atendimento de primeira,
garçons prontos para recepcionar os clientes com muita simpatia e o preço: R$
34,90 o quilo (que pra uma cidade turística está até que bom).
Saindo de lá, partimos para
conhecer a nossa casa de Monte Verde (sempre trato os hotéis, pousadas, hostels
ou barracas como casas, afinal, é nosso canto de descanso por pelo menos uma
noite rs) e chegando lá, NOSSA! Fomos recepcionadas com tanto calor humano, com
tanto carinho que me senti, sinceramente, da família hahaha
A dona da pousada, também
chamada Tati nos recebeu com abraços e com muita alegria, daquelas que você vê
de longe que é sincera ♥.
Deixando as mochilas,
começamos a percorrer nosso destino de desbravadoras. Mapa em mãos e... Rumo à
Pedra Redonda! Nossa primeira parada.
O caminho é complicadinho pra
motos como a Trovão Azul. Com algumas derrapadas morro acima, conseguimos
chegar ao acesso à trilha.
E vale lembrar que por este
acesso, é possível conhecer cinco picos diferentes: A Pedra Redonda (1.990 metros), o Chapéu do Bispo (2.030 metros), a Pedra Partida (2.050 metros), o Platô (que é uma espécie de laje de granito) e o Pico do Selado (2.083 metros). Da esquerda
para a direita também estão os níveis de dificuldade de cada trilha e o tamanho
do percurso, sendo que na primeira o tempo médio de caminhada é de trinta
minutos (somente ida) e a última pode chegar a DUAS horas ou mais e recomenda-se
estar acompanhado de um guia.
Não preciso dizer que fomos até
a Pedra Redonda e pensamos: “Bom, a paisagem deve ser a mesma nas outras né?!”
kkkk os 1.900 metros nos agradou bastante e resolvemos passar apenas por esta
aventura que, aliás, já foi maravilhosa.
No meio da trilha tem esse deck para descansar um pouquito =D |
Lá no alto da Pedra Redonda o tempo começa a mandar a gente embora... |
Vista da Pedra Redonda |
Ao ler sobre os demais, os
comentários sempre citam a preferência pelo Pico do Selado. Dizem que a
caminhada é compensada quando se chega lá no topo. Inclusive se você for um
alpinista, é permitido escalar até o cume e assinar seu nome num livro que fica
guardado em um potinho no fim da linha (isso também li na internet, se alguém escalar
e não assinar nada não é culpa minha em! hehehe)
Como o dia estava meio chuvoso descemos de volta para a cidade e paramos em um Café chamado “Maçã
Crocante”, o que foi ótimo, pois neste local, tomei o chocolate quente mais
maravilhoso da minha vida! Custou R$ 4,00 uma pequena xícara, mas o sabor,
inexplicável! Já a Tati, fyna, comeu um Strusaksfurll (eu como não sabia nem
falar isso, na primeira vez disse assim, exatamente como escrevi... Na
realidade o nome é Apfelstrudel rs) com sorvete, que custou lindos R$ 18,00. O
Sorvete, artesanal, disse ela, o melhor do mundo também... :D
Dali a chuva começou, então,
fomos nos esconder misturar alguns sabores. Do chocolate quente, strudel
e sorvete, fomos para a porção de batatas com cerveja Tcheca no Boteco do Lago.
Putzzz que lugar agradável! O bar de pouca iluminação têm cardápio variado de
porções, cervejas e chops artesanais. Nossa escolha foi pela cerveja “1795”
que, aliás, é bem suave e gostosa!
Fonte: http://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/05/66/71/19/vista.jpg |
Acabando a chuva voltamos à pousada
para nos preparar para o jantar. Escolhemos enquanto estávamos na cidade e à
noite voltamos até lá. O escolhido (e muito bem escolhido) foi o Alpi Minas, um
restaurante que entre outros pratos, serviam um maravilhoso rodízio de fondue.
E foi o que comemos. Na parte
salgada, além do queijo, tínhamos direito a seis tipos de molhos, frango,
legumes, carne de javali, truta, calabresa e filé mignon à vontade! Tudo isso
somado ao buffet de sopas que estava incluso no preço. Já na parte doce, um
chocolate dos deuses gregos somado a quatro tipos de frutas, sendo elas:
Banana, maçã, morango e uva. Conclusão: Jantar perfeito! ü
No domingo, aproveitamos o café
da manhã da pousada e saímos em direção a duas cachoeiras e um terceiro local
chamado “Prainha”.
Cachoeira dos Pretos no município de Joanópolis - Fonte: http://anaphotodogs.blogspot.com.br/2010/07/joanopolis-cachoeira-dos-pretos.html |
Corredeiras do Itapuá - Fonte: http://viajarxsempre.blogspot.com.br/2006/06/monte-verde-mg-cidade-pequena-bucolica.html |
E aí começaram os apuros da
viagem. Faltando 300 metros para a entrada da Cachoeira dos Pretos (que tem
aproximadamente 150 metros de altura), paramos para tirar algumas fotos em um
Deck no meio da estrada. Depois que a Tati desceu a gênia que vos fala se
esquece de colocar o pezinho da Trovão no chão e a derruba de maneira triste e
dramática L e
como se não bastasse, ao tentar segurá-la pra reduzir o impacto, tive um
pequeno acidente e quase morri com um estiramento do músculo das costas.
Aí vai uma dica muito
importante: Se você quiser ter um problema físico ou de saúde o lugar para isso
é Monte Verde! Isso porque fomos muito bem tratadas da ambulância até minha
saída do hospital. Infelizmente o passeio terminou por conta desse pequeno
deslize, pra não dizer TREMENDO VACILO meu... L
E esse probleminha nos obrigou a
passar o domingo fazendo apenas três coisas que se resumem em uma palavra:
Esperar.
Esperar o socorro, esperar o relaxante muscular fazer e
feito e voltando à estrada para buscar a Trovãozinha que ficou ESPERANDO eu
conseguir andar até tê-la de volta em meus braços.
O deslize fez com que a gente
tenha que voltar para conhecer as tais cachoeiras e para que eu possa andar de
quadriciclo pelas trilhas abertas nas montanhas (quem curte este tipo de
emoção, por toda Monte Verde alugam-se motos de trilha, faz-se passeios de Jipe
e passeios ecoturismo estão sempre disponíveis aos turistas). Fora isso, o fim
de semana foi maravilhoso e regado a boas experiências, principalmente relacionadas
à culinária rs.
Ø
Ficamos hospedadas na pousada Recanto dos
Fernandes. Onde pagamos R$ 140,00 o casal + café da manhã. O quarto simples,
com frigobar, TV e lareira para os dias mais frios. Super perto do centro e
mais perto ainda do hospital (pra quem precisar... hihi); A Tati, dona da
pousada, como eu já disse, é DEMAIS! Pode ir que é sucesso garantido (e como
diz uma amiga minha, é super tendência kkkkkk) ; J
Ø
O rodízio de fondue que mencionei acima nos
custou R$ 44,90 por pessoa;
Ø
Pedágio: R$ 3,20 ida e volta (carro paga o
dobro);
Ø
Gasolina: Foram R$ 39,00 na ida e mais R$ 20,00
na volta que sobrou pelo resto da semana... Então vamos dizer que uns R$ 50,00
dá pra ir, rodar lá pra caramba e voltar;
Ø
Passeio de quadriciclo (se tivéssemos
conseguido): uma hora sairia por R$ 80,00, mas pesquise, pois falamos apenas
com duas empresas e a primeira foi R$ 100,00... Acredito que dá pra chorar e
pagar uns R$ 60,00 rsrs (eu adoro chorar);
Ø
Caminho: Marginal Tietê/Fernão Dias até a
entrada para Camanducaia/Quando estiver na cidade, siga as placas que indicam o
caminho para Monte Verde;
Ø
Boteco do lago: Cerveja Tcheca 1795 – R$ 20,00.
Porção de batatas com cheddar e bacon – R$ 28,00;
Ø
Na Pedra Redonda (ou qualquer outra Pedra que
desejar ir): Leve dinheiro, pois monopolizaram um estacionamento por lá e é a
única opção para deixar o seu veículo. Com a moto pagamos R$ 5,00, mas se eu
não me engano ouvi o cara dizendo “R$ 10” para um motorista de carro;
Ø
Em Monte Verde há bastante opção para
aventureiros, porém tudo costuma ser um pouquinho mais caro... Por exemplo, lá
também tem uma Mega Tirolesa, porém ela custa R$ 65,00 e tem 1 Km de percurso.
Quem leu a viagem para Pedra Bela sabe que além de maior ela também é
mais barata (dica);
Ø
Não se esqueça! A qualquer momento qualquer um
pode ter imprevistos, cuidem-se!;
Ø
Volte pra casa num horário perto do pôr-do-sol,
o visual da estrada fica ainda mais bonito.
Até breve J