Sei
o que a grande maioria pensa sobre o litoral Sul de São Paulo... Mas sei também
que todos que pensam que é literalmente um parto aquela viagem para Itanhaém ou
Mongaguá têm um motivo especial para correr desse passeio de grego: sua família
te fez sofrer por lá. Você tem um trauma de infância nessas terras...
Quer
ver só? Assinale as alternativas que se aplicam:
(
) Sua mãe te fez carregar cadeiras de praia, guarda-sol, brinquedos,
bolsas térmicas e todos os outros apetrechos praianos farofeiros num pequeno
percurso de alguns quilômetros de casa até a praia (sem contar a passarela,
pois você estava do outro lado da pista);
(
) Como se não bastasse isso na ida, você fazia tudo de novo na volta,
porém, incluindo ai: fome, areia, melação do mar e sol forte do meio dia...;
(
) Feriado prolongado = praia! Acompanhado, é claro, de algumas 5 (ou
mais) horas de trânsito;
(
) Essa é para poucos: Descer pra Itanhaém num Palio (ou Escort, não
lembro bem agora) com três crianças no banco de trás e um colchão de solteiro
no nosso meio...
(
) Sem contar os pernilongos, aquela fumacinha fedida que colocavam para
matar a todos (todos mesmo, inclusive as crianças e quem estava dentro de
casa), as baratas, a limpeza da casa na hora de ir embora, etc, etc, etc...
Tá
bom né? Depois conta o seu trauma com o litoral Sul pra gente lá nos
comentários... rsrs
O
caso é que depois de grandes (pra cima e pros lados) decidimos desmistificar
essa parada de trauma com o litoral Sul, por isso, resolvemos dar uma
passadinha na nossa recém-descoberta: O Parque da Juréia, em Peruíbe.
Em
plena quarta-feira, o lugar estava assim, digamos, DESERTO. Porém, acredito que
em um final de semana comum a coisa deve esquentar, pois tem certa estrutura
para receber pessoas... Um bar, uma linha de ônibus e tal...
Mas
como eu sempre digo, qualquer lugar que te fez sair de casa por algumas horas e
abriu seu caminho para o novo é digno de ser contado... Essa é a nossa quarta
viagem do ano e não poderia faltar a descrição por aqui... Portanto, chega de lenga-lenga
e vamos conhecer o trajeto:
Para
chegar ao Parque da Juréia, dirija até o centro de Peruíbe pela Imigrantes e em
seguida pela Rod. Padre Manoel da Nobrega... Fique atento às placas indicando a
entrada para Peruíbe!
Chegando
no centro, localize a Av. Santos Dumont e siga em frente, ela vai virar Rua
Dalmar da Costa... Não... Você não está perdido. Você está mesmo indo em
direção ao morro rsrs
Foto: http://fuiacampar.com.br/roteiro-pelas-praias-da-estacao-ecologica-de-jureia-itatins-sp/ |
Na realidade esse
era o dia que enfrentamos kkkk:
Pelo
menos na quarta-feira, pudemos estacionar o carro numa boa sem a cobrança de
qualquer taxa, mas se você decidir ir num final de semana leve uns trocados a
mais, poderá lhe ser útil...
A
queda d’água não é enorme (na verdade é mais uma corredeira do que uma queda d’água, mas... kkk) nem a mais linda que já vi (acreditem quando eu digo
que nas próximas postagens vocês verão o que é lindo de fato nesse Brasil...),
mas ela forma um poço que da pra tomar banho e pra dar uns pulos com o auxílio
de uma corda amarrada na árvore justamente para este fim... (sim, pode brincar
de Tarzan a vontade...).
Se você
preferir ficar mais perto das pedras, só curtindo uma águinha correndo, tem a
possibilidade de ficar após a queda d’agua, que não é forte nem nada... Mas já
da pra se refrescar.
Enquanto eu
escrevia, estava tentando me lembrar dos detalhes deste dia e algo me
ocorreu... NÃO SE ESQUEÇAM DO REPELEEEEEEENTE!!!! Gente, sério, descemos do
carro e uma infestação de pernilongos, borrachudos, percevejos, seja lá o que
era aquilo, apareceu. E não era normal não... Era um grupo de assassinos
mutantes!!! Foi instantâneo e bem atrás da gente!
Sorte,
mas muita sorte mesmo que levamos o repelente e tudo ficou bem... (apesar dos
ROXOS nas pernas e nas costas que levamos pra casa e que não postarei aqui,
porque né...).
HAHAHA
falando assim vocês vão dizer... Lembra do trauma de infância? Não quero levar
pra vida adulta não! Mas gente, não me entenda mal... Adversidades têm em todos
os lugares, isso foi mero detalhe, o lugar agradou bastante!
Na
hora de ir embora, resolvemos sair da estrada e seguir uma placa que dizia
“Prainha”. Uma ótima escolha, pois caímos em uma praia bem bonita (mesmo com a
cor acinzentada do litoral Sul)...
Estava
vazia, na realidade a dividimos apenas com alguns pescadores que estavam por
lá. Praia de mar agitadinho, sem buracos no caminho, bem tranquila!
De
quebra tem algumas rochas que você pode subir e ficar de boa olhando para o mar
até cansar...
O
que nos espantou foi a chuva, que veio de repente (apesar do dia ter amanhecido
cinzento), mas que fez a gentileza de parar para comermos... Ah! E falando em
fome, a comida ficou por conta de um quiosque fora da praia, no centro, com
porções relativamente baratas e muito gostosas por sinal.
Existem
outros pontos na estrada do Guaraú que deixamos de visitar pelo tempo, mas que
podem ser interessantes...
Para
uma quarta daquelas que você olha pela janela e a melhor decisão é dormir de
novo, a cachoeira do Perequê agradou, arrepiou, congelou e tirou três doidonas
de casa no frio e com ameaça de chuva... Em outras palavras, ela vale a pena!
Quando
estiver no litoral Sul, dê uma esticadinha até ela para tirar o sal do corpo...