Ebaaaaaa!!!
Começamos
devagar, mas voltamos a ter viagens este ano!! :D
É com GRANDE alegria que lhes
apresento o quarto roteiro visitado no ano de 2014 por mim, pela Tati e pela
nossa querida aventuguerreira, Trovão Azul... (queria de verdade que já
estivéssemos no mínimo no oitavo roteiro, mas, vamos caminhando)...
Descobri Águas da Prata não pela água engarrafada que
sempre via nas prateleiras do Zaffari nem por ter ouvido algum comentário a
respeito (como muitas vezes acontece), mas pesquisando sobre asa delta. Sim,
alguém que nem de altura gosta (lembrem-se do post sobre Pedra Bela) pesquisar
sobre asa delta é no mínimo esquisito, mas tenho alguns motivos:
è 1º:
ao contrário do que todos pensam, eu sou SUPER corajosa... Aquilo que aconteceu
em Pedra Bela foi só uma encenação... A realidade é que eu estava fazendo o meu
TCC EM TEATRO, enfim...; J
è 2º:
eu sempre penso na Tati e imaginei que ela iria gostar de pular (ETA
DEDICAÇÃO); e por último, mas não menos importante...
è 3º:
Agora é sério, apesar do medo, tenho a maior vontade, mesmo isso me custando
meu coraçãozinho (que pode parar a qualquer instante, ou bater tanto a ponto de
explodir hihi)
E nessa busca desenfreada por adrenalina, encontrei um
site listando os melhores “picos” para se lançar morro abaixo, eis que um dos
tópicos da lista era a cidadezinha objeto de nossa aventura de hoje.
Águas da Prata, resumidamente, é a “ponte” entre São
João da Boa Vista e Poços de Caldas (Minas Gerrrrrais sô). Fica bem na divisa
de Estado e se você parar um pouquinhozinhoquinho nela, vai se surpreender.
Quando liguei no hotel para fazer minha reserva, a dona,
muito prestativa, me informou que a cidade possuía nada mais nada menos do que OITENTA
E SETE cachoeiras! Gente, fiquei absolutamente pasma!
Uma cidadezinha com 7.500 habitantes ter 87 cachoeiras
era uma coisa quase que impossível da minha mente processar, tanto que restando
uns 4 dias para viajarmos, sonhei com uma cachoeira de ondas (isso é sério, era
quase um tsunami em forma de cachoeira), faltando 2 dias para a viagem sonhei
com uma praça de cachoeira (e eu molhava meus pezinhos em suas águas) e
faltando um dia resolvi parar de sonhar com água para não fazer xixi na cama,
claro!
No grande dia fizemos o seguinte caminho:
Rod.
Dos Bandeirantes> Rod. Anhanguera> Rod. José Roberto Magalhães
Teixeira> Rod. Dom Pedro I (gente, pelo amor de deus, aqui é sentido NORTE)>
Rod. Gov. Dr. Ademar Pereira de Barros> Rod. Deputado Mário Beni> Rod.
Vereador Rubens Leme Aprino> Rod. Dr. Gov. Ademar Pereira de Barros
(novamente) e finalmente.... tchan tchan tchan tchaaaaaan ÁGUAS DA PRATA... ♥
Se
vocês repararem bem, pegamos infinitas (OITO) rodovias! Por este motivo
passamos por váááááárias cidades paulistas nesse trajeto [inclusive algumas que
eu nunca tinha ouvido falar em toda minha existência, tipo Estiva Gerbi
(oi???)]. De acordo com o google maps, era o melhor caminho e ainda segundo o
meu GPS favorito (e único) a viagem demoraria em média 2h58 min... E fizemos
mais ou menos nesse tempo... Talvez uns 2 minutos a mais, não sei ao certo...
O fato é que somos tão chiques que ficamos
no ÚNICO hotel da cidade com hidro kkkkkk precisei falar isso porque está
escrito um “c/ Hidromassagem” em letras garrafais na fachada do hotel...
(tentei conseguir uma imagem disso pelo google, mas infelizmente não rolou L).
Chegamos, nos acomodamos e já
partimos para a peregrinação. Mas espera... Hey! Você! Sim, você que está
lendo! Por acaso você viu 87 cachoeiras por aí? Não? Uffffa, que sorte, pensei
que tinha sido só a gente que procurou e não achou...
Enfim, é isso mesmo pessoal... Não encontramos as 87
cachoeiras... não, também não encontramos 80, tá, nem 60... 30? Não também... E
o que podemos dizer de 10? Kkk NÃO! 5??????? Ok ok, vamos ao numero real: Em
Águas da Prata, vimos um total de... DUAAAAAAS cachoeiras! DUUUUUUAS. Pronto!
Acabei com a expectativa logo de cara porque não me aguento e não sei fazer
muito suspense.
Minha viagem legal estava indo por ÁGUAS DA PRATA
ABAIXO, mas graças ao otimismo da Tati acabei me acalmando e fomos atrás do que
realmente importava: Cenas bonitas para registrar, guardar na memória e mostrar
aqui no blog num futuro próximo (agora)... J
Mas gente, antes de mais nada, não pensem que não
existem todas essas cachoeiras em Águas da Prata... Existe sim (pelo menos boa
parte delas), porém, a grande maioria encontra-se em propriedades privadas e
você paga para deslumbrar da gratuidade da natureza. A secretaria do turismo
cobra valores altos para que você faça um passeio mata adentro e quando eu digo
altos são de R$ 60,00 a R$ 100,00 por pessoa para entrar (o maior valor de
jipe) em algumas propriedades. E na boa, R$ 200,00 em meio dia de passeio não
convinha. Nós temos a consciência de que quando se paga para entrar, TALVEZ, as
pessoas respeitem mais o lugar e tal, mas R$ 100,00 custou praticamente nossa
diária em Trindade! Portanto, resolvemos fazer o que dava e partir pra Poços de
Caldas...
E fazer o que dava nos levou diretamente para uma estradinha
com destino ao famoso Pico do Gavião (talvez a maior atração da cidade)... No
caminho do Pico nos deparamos com a Cachoeira Ponte de Pedra, que é uma pequena
queda d’água onde não se faz necessário grandes aventuras para encontra-la.
Estacione a moto (ou o carro) e dê uns 10 passos a frente e VOILÀ! Chegamos! :D
Após uns 15 km de estradinha de terra, faltando apenas 3
km para chegarmos ao pico, algo inesperado aconteceu! Praticamente um mar
mediterrâneo se estendeu em nossa frente e infelizmenteeeeeeee não conseguimos
atravessar e ver de perto as belezas que nossas vistas poderiam enxergar do
alto do Pico do Gavião.... =((((
Pode não parecer, mas
acho que para a Trovão isso aí é muito fundo! Ficamos com medo de
passar, confesso, mas estávamos sem sinal de celular, a 15 km da cidadezinha e
a 239 Km de São Paulo, não dava pra se arriscar tanto... L Sou mãe dela gente, me
julguem.....
Me julguem mas não fiquem tristes! O google ajuda em
tudo... Vejam abaixo um pouquinho do que perdemos... =(
Fonte: http://www.flybrazil.com.br/ondeestamos.htm
Tá, tá, nem é grande coisa, por isso voltamos pelo mesmo lugar que chegamos e no meio do caminho cruzamos com uns caras do motocross que certamente passariam pelo Rio Pinheiros ali acima... Não pude deixar de sentir uma pontinha de tristeza por ter uma moto baixotinha naquela ocasião...
A essas horas eu já estava totalmente decepcionada com o
fato de não ter 87 cachoeiras e por não ter êxito na jornada até o Pico do
Gavião e o que fizemos? O que toda pessoa decepcionada faz ué... Sentamos e
comemos... hehe
E incrivelmente comemos 2 salgados, uma coca de 600 ml e
um sorvete numa padaria da cidade por R$ 10,00. Isso me animou uns 20%.
Apostando nossas últimas fichas antes de rumar à Poços,
encontramos uma cachoeira bem conhecida por lá chamada “Cascatinha”.
Aí as coisas melhoraram. A queda d’água é
pequena, porém, muito charmosa. Conseguimos boas fotos no local e passamos pelo
menos uns 40 minutos lá antes de cruzarmos a fronteira entre São Paulo e Minas
*-*
Chegando em Poços de Caldas, paramos rapidamente,
atraídas por churros (Tati) e crepe de chocolate (eu) e já seguimos para o
mirante onde mora a estátua do Cristo. É dali que você consegue ver que Poços é
uma cidade relativamente grande perto das demais em que passamos... Além de
tudo, o pôr do sol dali de cima é sensacional...
E por lá ficamos até a noite,
apreciando a vista e sentindo o congelante frio do Sul mineiro...
De volta à cidade, paramos na praça
central tomada por turistas (e obviamente moradores também), ambulantes,
artistas e cachorros... E observando por alguns bons minutos o movimento noturno
(e os casais dançando no meio da praça) fomos atraídas por uma fumaça dos
deuses... Uma fumaça que nos carregou até... A LANCHONETE DO ALEMÃO. Hahaha
Obviamente estava falando de comida
como vocês poderiam prever, e minha nossa senhora dos estômagos vazios!!! Que
lanche é aquele sô?
Nunca, em toda a história da minha
vida vi um lanche tão grande. Para se ter uma ideia, os proprietários da
lanchonete lançaram um desafio que NINGUÉM conseguiu vencer até hoje. O lanche
possui nada mais nada menos que DEZ HAMBURGUERES e mais uma infinidade de
presunto, queijo, ovos, bacon, saladas e mais saladas... Quem tiver
oportunidade de conhecer e tiver e a fome necessária, aceite o desafio e coma o
lanche sem pagar... Você será o novo REI (ou RAINHA) do mundo da alimentação de
rua!!!
Na manhã seguinte...
...o dia amanheceu bonito, e domingo
é dia de fazer programas de tia (tias, vocês são sensacionais sempre, não levem
a mal), portanto, fizemos o que? O que? O que? Siiiiiiiim minha gente, minha
atividade favorita no quesito passeio de tia: PEDALIIIIINHO :DDDDD
A felicidade é real, reparem... :D
De lá, conhecemos a Cascata
das Antas, uma cachoeira bem legal, por um motivo curioso: Ela fica bem ao lado
da atual hidrelétrica de Poços de Caldas, que também abriga a primeira
hidrelétrica de Poços, fundada em 1898. As ruínas em si me atraíram até mais do
que a própria cascata, mas simplesmente pelo meu gosto por filmes de terror... E
florestas, cabanas e ruínas sempre fazem minha imaginação pensar em cenas de
filmes aterrorizantes... hehe
Saindo da Cascata subimos novamente pelo morro de
acesso ao Cristo e antes de chegar ao final entramos numa outra passagem onde
uma placa indicava a “Pedra Balão”. Esta é uma outra atração bem conhecida em
Poços. A Pedra Balão também fica em um local, eu diria, civilizado. Digo isto,
pois há estacionamento, uma lojinha e uma lanchonete no local. E pelo o que
entendi também mora alguém lá em cima.
Na paisagem, o que se vê são pedras dispostas de uma maneira
curiosa e que segundo dizem, foram arquitetadas apenas pela mãe natureza...
O único detalhe é que ela se esqueceu de colocar uma escada para que nós,
humanos, pudéssemos nos aventurar em cima dos seus aproximados dez metros de
altura, portanto, nós, os mesmos humanos, auxiliamos a mãe Natu com uma
mãozinha nesse trabalho... Dito isso, simmmm, os aventureiros das alturas podem
sim subir na pedra e tirar infinitas fotos na pose “Cristo Redentor”.
E falando nisso, por que raios as pessoas só tiram fotos de
braços abertos? Neste quesito eu e a Tati inventamos a nova sensação para fotos
em paisagens: a pose Estátua da Liberdade... hehehe é, nós sabemos, é meio
americanizado e tal, mas estamos cansadas de tantas fotos iguais... O único
problema é que ficamos com um pouco de vergonha de realizar esta proeza em meio
a tantos Cristos Redentores que ali estavam, mas, já que a ideia se tornou
pública a partir de agora, ficaremos felizes em ver futuras publicações com
poses mais criativas tá? hehehehe
A vista do alto da pedra ultrapassa as árvores e com o tempo favorável, temos uma vista mais ou menos assim:
Fora o caminho até lá que é FANTASTIC! (E a noite deve ser fantasmagórico)...
Até o final do dia ficamos em Poços
e sem demoras porque o tempo é curto e antes de partir visitamos uma espécie de
parque que guardava em seu interior a cachoeira Véu das Noivas, mais ou menos
como o que visitamos em Extrema.
Analisando friamente, o argumento da secretaria do turismo de Águas da Prata
para as cachoeiras ficarem em propriedades privadas é que assim as pessoas
preservariam o meio ambiente de forma que se estivessem à disposição pública
isso não aconteceria. Ora, pra mim a realidade na verdade é outra, os
proprietários destas terras usam o patrimônio público e natural como fonte de
renda e é isso que não consigo engolir... Se a intenção real fosse a
preservação, as pessoas poderiam andar mata adentro sem pagar taxas para cruzar
as porteiras como é feito nestes parques... Mas, enfim, foi só um desabafo...
hehe
Quem visitar Poços e tiver interesse em coisas mais variadas,
pode gostar de passear pela Praça Getúlio Vargas. Lá existe um relógio floral
que marca a hora certa e apesar dos ponteiros serem de metal, seus números e
demais partes são compostas por flores, plantas e grama. É bem bonito de se
admirar, além de ser considerado um ponto turístico da cidade, nós apenas passamos
por ele.
Ainda no quesito jardinagem, se houver tempo, visite o Recanto
Japonês, localizado no bairro Jardim dos Estados... É um jardim oriental que
apesar de não termos conhecido pessoalmente, muitas pessoas indicam como parada
obrigatória... Nele você encontra um lago artificial com carpas coloridas, a
fonte dos três desejos (que simboliza amor, dinheiro e sabedoria), quiosques e
uma Casa de Chá, fora a paisagem, que como podemos ver, não deixa NADA a desejar... J
Agora, como
de costume, vamos aos precinhos desta viagem:
è De gasolina, a Trovãozinha vai que vai então gastamos R$ 25,00
de ida + R$ 25,00 de volta... Pra andar pelas cidades durante estes dois dias,
foram mais uns R$ 10,00;
è O hotel, como já disse, o ÚNICO e em letras garrafais, com hidro, R$ 120,00 com café da manhã;
è Comida: Lanchonete do Alemão na praça principal de poços, com lanches de todos os preços e NENHUM deles você passa fome, garanto; No domingo, comemos em um restaurante "Coma a vontade" de R$ 12,00 o prato + R$ 2,00 pela coca, baratissimo...; *-*
è Pedalinho: R$ 15,00 o carrinho.
Agora, vamos aos fatos: Não dá pra ir pra Minas e não
trazer doces e cachaças (quem curte), portanto, leve um pouquinho a mais (eu
sei que vocês vão levar) pra aproveitar tudibaum que tem por lá. Outro fato:
Não seja doido dos tomates como eu e a Tati, que viajamos para fazer compras no
supermercado... O preço do tomate estava dos deuses gregos da colheita feliz, aí
aproveitamos pra voltar com as mochilas cheias hahahaha
E com isso, ficamos por aqui...
Até breve! :)